Monika Queiroz abre o jogo sobre a apresentação da capixaba Natália Gaudio na Olimpíada

Nesta sexta-feira (19), a técnica Monika Queiroz e a ginasta Natália Gaudio vão fazer história nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A dupla capixaba prepara um verdadeiro espetáculo visual para as eliminatórias da ginástica rítmica, após uma ausência de 24 anos de uma representante do Brasil no evento.

Em sua preparação para os Jogos Olímpicos, a atleta realizou vários treinamentos fora do Brasil, competindo em oito eventos internacionais. 

Segundo Monika Queiroz, a atleta está bem preparada para todos os aparelhos, mas sua apresentação nas fitas promete ser emocionante. Natália vai se apresentar ao som do clássico “Cidade Maravilhosa”.

A escolha é uma forma de homenagear a cidade sede e também o ritmo característico do Brasil, o samba. A música vai contar com um arranjo todo especial de dois compositores renomados do gênero, Dudu Nobre e Diego Nicolau. 

Esta parceria de samba e ginástica rítmica pode até surpreender alguns, mas muitos capixabas sabem da enorme paixão da técnica pelo carnaval. Monika Queiroz, além de ser uma das mais renomadas treinadoras da ginástica rítmica do Brasil, também é a responsável pela comissão de frente da Mocidade Unida da Glória, escola de samba do Espírito Santo, e que nos últimos anos é “embalada” por sambas dos compositores cariocas.

Para a técnica, o grande diferencial da apresentação de Natália Gaudio será a emoção de competir uma Olimpíada em seu país e a participação da torcida brasileira. Mas, ainda assim, Monika ressalta que as chances de pódio são poucas, em razão da qualidade das atletas participantes. “Estamos engatinhando na ginástica rítmica após 23 anos sem competir no individual geral em Jogos Olímpicos. Vamos mostrar o nosso melhor e brigar para ficar entre as 20 melhores do mundo”, destacou.

A técnica ainda afirmou que as atletas da Rússia, Ucrânia e Coréia são as grandes favoritas a disputar as medalhas olímpicas. 

A classificatória geral vai acontecer nesta sexta-feira (19), às 10h20. E no sábado (20), a partir das 15h20, a final com as 10 melhores colocadas.

Natália Gaudio

A atleta capixaba nasceu em Vitória justamente no último ano de uma participação brasileira em Jogos Olímpicos, 1992. Nos jogos Pan-Americanos de 2015, Natália conquistou sua melhor colocação na carreira, o 8º lugar geral no individual. Além de participações em Mundiais, a atleta é tetra-campeã brasileira na modalidade. Natália Gaudio será a terceira ginasta brasileira a participar de uma Olimpíada, Rosana Favila representou o país nos Jogos de Los Angeles, em 1984, e Marta Cristina Schonhurst nos Jogos de Barcelona, em 1992.  

Em 2014, durante sua preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a ginasta capixaba mostrou todo o seu preparo  em uma sessão de fotos com o fotógrafo do Folha Vitória, Everton Nunes. Simpática, ela faz jus ao título de musa do esporte e exibe toda a sua beleza para os leitores. Confira a galeria de fotos.

Entenda o Esporte

A ginástica rítmica desportiva, também conhecida como GRD, é uma ramificação da ginástica, e combina elementos de balé e dança teatral. As apresentações envolvem a harmonia entre a música e a coordenação dos aparelhos próprios da modalidade olímpica, que são: a corda, o arco, a bola, as maças e a fita. 

O esporte oferece estreou nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984, e assim como o nado sincronizado, só é disputado por mulheres. Desde os jogos de Sidney, as ginastas russas são as únicas a ocupar o topo do pódio, acumulando oito ouros, duas pratas e um bronze.

A ginasta realiza quatro apresentações entre 1’15” e 1’30” utilizando quatro dos cinco aparelhos: corda, bola, arco, fita e maças. Durante toda a apresentação, as ginastas devem estar em movimento. 

Duas bancas de juízes avaliam a apresentação nas seguintes categorias: dificuldade e execução – vence quem acumula a maior nota.

Aparelhos

Arco: é feito de madeira ou plástico do tipo PVC, com diâmetro entre 80 e 90cm e peso de 300g.

Fita: com 6m de comprimento, a fita é feita de cetim e presa a um estilete (tipo vareta) de madeira ou PVC.

Bola: deve ser feita de borracha ou plástico, com diâmetro entre 18 e 20cm e peso de 400g.

Maça: utilizadas em pares, as maças têm cerca de 40cm de comprimento e são feitas de madeira ou plástico PVC, pesando 

Corda:  pode ser feita de cânhamo ou qualquer material sintético, desde que permaneça leve e flexível. Seu tamanho é proporcional à altura da ginasta.