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Portuguesa tenta tombar Canindé como patrimônio histórico para evitar leilão

Redação Folha Vitória

São Paulo - A Portuguesa tem uma nova esperança para não perder a parte que lhe pertence do Estádio do Canindé, que tem leilão marcado para o dia 7 de novembro por conta de dívidas trabalhistas e inadimplência fiscal do clube. A deputada estadual Clélia Gomes, do PHS, dirigiu ao governador Geraldo Alckmin um documento (Indicação n.º 106428) no qual sugere que o estádio seja tombado como patrimônio histórico de São Paulo.

A proposta passará pelos trâmites legais para então ser encaminhada ao governador. Depois, serão acionados a Secretaria da Cultura e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT), que realizarão estudos técnicos da localidade e do próprio imóvel. Um parecer deve ser comunicado em um prazo médio de 30 dias. Dessa maneira, a resolução deve sair antes da data do leilão, que pode ser cancelado.

Na justificativa do documento, o texto valoriza a colônia portuguesa da cidade de São Paulo, conforme o seguinte trecho: "O objetivo do tombamento visa evitar que todo o acervo histórico e cultural do Estádio seja perdido no tempo e no espaço, trazendo profunda tristeza, angústia e perda para todo o povo luso-brasileiro, portanto, todos nós".

A possibilidade de tombamento é uma das últimas tentativas da direção para não perder seu estádio. O Canindé foi penhorado por conta de dívidas trabalhistas com atletas e pelo não pagamento de parcelas do IPTU. Caso aconteça, o leilão marcado para o dia 7 de novembro terá como lance mínimo o valor de R$ 154 milhões.

Além do risco de perder o estádio e a crise financeira causadora do problema, tudo tem se refletido dentro do gramado. No ano que vem, a Lusa vai disputar a Série D do Brasileiro, já que no último domingo teve o rebaixamento confirmado ao perder por 2 a 0 para o Tombense na última rodada da Série C.

A situação crítica da Portuguesa abre a perspectiva de que possa ser fechada uma parceria com o Audax, de Osasco. Este é um sonho antigo do empreendedor Mário Teixeira, patrono do clube, mas que não se manifestou a respeito até o momento de forma oficial.

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