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Tocha paralímpica chega a São Paulo e ex-paratleta inicia revezamento

Redação Folha Vitória

São Paulo - Em cerimônia no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro na manhã deste domingo, foi iniciado o revezamento da tocha paralímpica em São Paulo. Acesa virtualmente a partir de hashtags enviadas por pessoas do mundo todo, a chama passou primeiro pelas mãos de Mizael Conrado, deficiente visual, ex-jogador de futebol de cinco e atualmente vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

"A chama representa o sudeste, que significa a transformação. A cidade mais pulsante do Pais faz a chama do progresso e da mudança individual e coletiva. Que ninguém seja o mesmo após ser tocado pela chama dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro", disse Mizael após o acendimento da tocha.

Mizael, então, passou a chama para o primeiro condutor, Marco Pellegrini, tetraplégico e secretário dos direitos da pessoa com deficiência do Ministério da Justiça, que iniciou seu caminho pelas instalações do local.

O revezamento passou pelas quadras de vôlei sentado, basquete em cadeiras de rodas, quadra de tênis, pelo campo de futebol e piscina, enquanto outros atletas competiam nesses mesmos espaços.

A cerimônia, que começou com atraso de quase 30 minutos, contou com a presença de políticos ligados à causa dos deficientes físicos, como Linamara Rizzo Battistella, Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com deficiência, o secretário adjunto Cid Torquato e a deputada Mara Gabrilli.

Após o CT Paralímpico, a tocha seguiu em comboio até a Avenida Paulista. A chama percorreu toda a via, partindo da Praça do Ciclista e chegando à estação Ana Rosa do metrô, já na Avenida Domingos de Morais, na Vila Mariana. Depois, passou pelas instituições Dorina Nowill para Cegos, Apae São Paulo e AACD.

Após as instituições paulistanas, segue pela Avenida República do Líbano, onde inicia novo rodízio até o Portão 10 do Parque do Ibirapuera, com chegada no Museu Afro Brasil prevista para as 16h30.

O Parque do Ibirapuera começa as festividades para a chegada da tocha às 14h, com diversas atrações culturais, como os grupos Nurap, de percussão, e o Mães da Lapa, de capoeira adaptada. Integrantes da Apae também realizam uma apresentação de dança, assim como o Solidariedança. A ultima atração é a Orquestra Bachiana, que é comandada pelo maestro e pianista João Carlos Martins, às 18h.

Ao contrário da chama olímpica, originada em cerimônia na Grécia, a tocha dos Jogos Paralimpicos é acesa em cada uma das paradas do revezamento. Para tanto, é usada a energia criada a partir de publicações nas redes sociais com a hashtag #ChamaParalímpica e a mensagem de cada cidade.

Antes da capital paulista (que simboliza transformação), a tocha paralímpica já passou por Brasília (igualdade), em 1º de setembro, Belém (determinação), dia 2, e Natal (inspiração), 3. Nesta segunda-feira, será acesa em Joinville (coragem), última parada antes do Rio de Janeiro (paixão), nos dias 6 e 7. Além das cidades brasileiras, Stoke Mandeville, na Inglaterra, berço do movimento paralímpico internacional, também recebeu o símbolo no último dia 2.

Todas as energias digitais das chamas paralímpicas serão unidas no Museu do Amanhã no próximo dia 6, acendendo o fogo do revezamento no Rio de Janeiro e, no dia seguinte, da pira, que ficará na Candelária, no Centro, e também no Maracanã. Ao todo, a chama dos Jogos Paralímpicos percorrerá 250 quilômetros, sendo carregada por 745 pessoas pelas cinco regiões do País.

INVESTIMENTO - O governo do Estado de São Paulo anunciou na manhã deste domingo o investimento de R$ 2 milhões para a aquisição de aparelhos de alto rendimento a serem usados na avaliação dos paratletas.

Baseados em simulações de realidade virtual, o aparelho poderá programar especificamente para cada modalidade. Além disso, ajuda na correção e melhora do desempenho dos competidores. Segundo o governo, esse investimento já é voltado para o próximo ciclo paralímpico, visando os Jogos de Toquio-2020.

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