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'Minha vida vale mais do que perder a perna', disse goleiro da Chapecoense

A surpresa maior, porém,vem sendo a lucidez e tranquilidade com a qual o goleiro vem encarando o fato de ter tido parte da perna direita amputada

Jackson Follmann, goleiro da Chapecoense Foto: Reprodução Facebook

A equipe médica do hospital San Vicente, em Rionegro, na Colômbia, anunciou neste sábado evoluções do quadro médico dos quatro sobreviventes do voo que trazia a Chapecoense para Medellín e caiu na noite de segunda-feira (madrugada de terça no horário de Brasília). A principal novidade é o progresso do goleiro Follmann, que está consciente, conversa com a família e, inclusive, demonstrou aos médicos lucidez e tranquilidade para falar sobre a sua situação.

O médico intensivista Edson Stakonski veio de Chapecó para acompanhar a recuperação dos sobreviventes e afirmou ter ficados surpreso com a recuperação do goleiro reserva do time catarinense, assim como o equilíbrio emocional demonstrado por ele. "Já está consciente e sabe da amputação. Ele nos disse que vai tirar isso de letra e falou bem assim: 'Vale mais a vida do que perder a perna'", contou.

O goleiro teve a perna direita amputada e correu o risco de perder também a esquerda, até conseguir evoluir. O comportamento dele surpreendeu os médicos. "Ele está completamente consciente, fala com todos, com a sua família e sabe da sua amputação. Os psicólogos têm acompanhado e estamos surpresos com a atitude dele. Isso nos deixa otimistas", explicou o diretor médico do hospital, Ferney Alexandre Rodriguez. A lesão mais preocupante do goleiro é na coluna, onde passará por cirurgia futuramente.

Os quatro sobreviventes foram reunidos no mesmo hospital na sexta-feira, para facilitar a logística e ter atendimento em um centro médico de mais estrutura. Nas últimas horas, a principal evolução foi do lateral Alan Ruschel, desentubado neste sábado. "Já está acordado e conversando. Não tem lesão muscular e mexe os quatro membros", afirmou Stakonski.

Os dois quadros mais delicados são os do jornalista Rafael Henzel e do zagueiro Neto. Para acompanhar o atendimento ao defensor, chegou neste sábado de Chapecó o ortopedista especialista em coluna Marcus André Sonagli. O médico fez neste ano uma cirurgia na coluna do jogador. A recuperação prevista era de seis meses, mas após três meses ele voltou a jogar, o que gera bastante otimismo.

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