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Palmeiras vence, mas Ponte administra larga vantagem e vai à final do Paulistão

Redação Folha Vitória

São Paulo - O Palmeiras fez o que se esperava de um time que joga em casa precisando marcar gols. Alugou o meio de campo da Ponte Preta, ora pela direita, ora pela esquerda, abusando das bolas levantadas na área em demasia e virando todas para o gol. Mas fez apenas um gol. A vitória por 1 a 0, neste sábado à noite, no Allianz Parque, não foi suficiente para tirar o rival, que fizera 3 a 0 em Campinas, da final do Paulistão.

Tentando ganhar a bola no grito, o time foi valente, não se aquietou um só instante durante os primeiros 45 minutos, e assim também seria na etapa final, mas sem muita inteligência, afobado e confuso. Correu e brigou por todas as bolas, não tirou o pé das divididas tampouco desistiu de atacar. Garra e emoção na mesma dose. Mesmo assim, esbarrou na ineficiência de seu ataque.

Assim, a Ponte se classificou merecidamente depois de passar por cima de dois grandes do Estado. Primeiro eliminou o Santos nas quartas de final e neste sábado tirou o Palmeiras na somatória das duas partidas das semifinais.

A Ponte aguarda o finalista do confronto deste domingo entre Corinthians e São Paulo, às 16 horas, em Itaquera, onde o time da casa defenderá uma vantagem de 2 a 0 conquistada no duelo de ida, no Morumbi.

Borja, Guerra, Dudu, os homens que vinham de trás, todos eles não conseguiam furar o bloqueio dos 11 de Campinas. Quem mais chegou perto de mudar essa história, e o cenário no primeiro tempo, foi Dudu, ao marcar aos 30 em posição de impedimento, que ele jurou que não estava. A torcida festejou antes de xingar o bandeira. Dudu não percebeu que a marcação adversária havia se adiantado.

A Ponte só fez se defender, e correr para passar o tempo. Não precisava de mais nada, já havia feito sua parte na ida, no Moisés Lucarelli. Com 35 minutos, havia cortado 24 cruzamentos dos donos da casa, segurava a bola e apostava nos tiros de meta de Aranha para ganhar preciosos segundos, que somados pareciam uma eternidade para o torcedor do Palmeiras.

Também não havia no time de Eduardo Baptista um jogador que pudesse servir de referência para os outros, aquele para quem os companheiros olham quando a vaca está indo para o brejo. Foram, sem dúvidas, bravos e valentes, mas incapazes de fazer os gols que o Palmeiras tanto precisava em casa.

No pior momento do time, ainda no primeiro tempo, um bobinho entre os jogadores da Ponte colou os palmeirenses na roda. Os três gols necessários para levar a decisão para os pênaltis, devolvendo a surra de Campinas, pareciam mais distantes do que nunca, contrariando a festa e a fé que os 39 mil torcedores levaram para o Allianz Parque na noite deste sábado.

O segundo tempo foi um repeteco do primeiro, muita energia e pouca qualidade, direção, calma e pontaria. Embora todo palmeirense acreditasse, no fundo havia a certeza da qualidade do oponente. A Ponte estava inteira e manteve-se assim até o fim.

A bronca de Borja, e sua ira ao chutar a água de Eduardo Baptista, ao ser substituído por William, demonstrou o tamanho de sua insatisfação consigo mesmo e com o rendimento do time. O 0 a 0 imperava no marcador. Tudo parecia impossível, e justamente num dia em que o estádio recebia seu maior público no ano. Nem o gol de Felipe Melo, aos 37, mudaria a história. A Ponte está na final. O Palmeiras, eliminado.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 1 X 0 PONTE PRETA

PALMEIRAS - Fernando Prass; Jean, Mina, Edu Dracena e Egídio (Keno); Felipe Melo; Roger Guedes, Tchê Tchê (Michel Bastos), Guerra e Dudu; Borja (Willian). Técnico: Eduardo Baptista.

PONTE PRETA - Aranha; Jeferson (Naldo), Marllon, Yago e Artur; Fernando Bob, Elton e Jadson (Wendel); Clayson (Lins), Lucca e Pottker. Técnico: Gilson Kleina.

GOL - Felipe Melo, aos 37 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Raphael Claus.

CARTÕES AMARELOS - Felipe Melo, Marllon, Dudu, Fernando Bob e Guerra.

RENDA - R$ 2.912.614,52

PÚBLICO - 39.086 pessoas.

LOCAL - Allianz Parque, em São Paulo.

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