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Sem Brasil e 'esvaziada', Copa das Confederações terá brilho de Cristiano Ronaldo

Um teste de como será a Copa do mundo de 2018, a Fifa organiza a Copa das Confederações com as equipes campeãs dos torneiros continentais. Nesta edição, o Brasil ficou de fora

Redação Folha Vitória
Cristiano será o brilho das confederações da Rússia Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo - O evento-teste para a Copa do Mundo da Rússia começa neste sábado, em São Petersburgo, com uma versão reduzida de participantes, estádios, craques e prestígio. A Copa das Confederações se inicia com o confronto entre a seleção da casa e a Nova Zelândia, e sem grandes personagens. Com a atual campeã mundial Alemanha representada por reservas, o torneio tem como grande astro o português Cristiano Ronaldo e a desconfiança sobre o envolvimento do público com a disputa.

Após levar o país à conquista da Eurocopa, no ano passado, o astro do Real Madrid desembarca na Rússia para uma competição desfalcada de nomes importantes. Enquanto na edição anterior, no Brasil, em 2013, as tradicionais Espanha, Itália e Uruguai enviaram os elencos principais para medir forças com a seleção brasileira, agora na Rússia o comitê organizador já sentiu o golpe semanas atrás, ao saber da lista da convocação alemã.

"O coração dos fãs de futebol sangra quando os atuais campeões do mundo jogam sem suas estrelas. A presença deles atrai pessoas aos jogos. Mas temos de aceitar isso", lamentou, semanas atrás, o chefe do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2018, Alexei Sorokin.

A baixa procura por ingressos das Confederações ainda é um temor. Até o começo desta semana, haviam sido vendidos apenas 70% dos cerca de 700 mil bilhetes à disposição dos torcedores.

A Copa das Confederações é organizada pela Fifa para testar o país para a Copa no ano seguinte. Realizada desde 1997, a edição russa será a primeira da história sem a presença do Brasil. Por ter vencido a Copa América em casa, em 2015, o Chile é um dos representantes continentais, assim como México, Portugal, Camarões, Nova Zelândia e Austrália, que disputa os torneios pela Ásia. A Rússia ganhou vaga por ser o país-sede e a Alemanha, por ser a campeã do mundo em 2014.

Por opção do treinador alemão Joachim Löw, nenhum dos titulares da conquista de 2014 foi convocado. As estrelas ganharam descanso. Todos os 23 alemães têm menos de 30 anos. Sete deles estão pela primeira vez com a seleção. Por isso, em termos de renome, o time chileno é quem aparece logo atrás de Portugal, ao levar à Rússia nomes como Alexis Sánchez e Arturo Vidal.

Potência entre as nações vizinhas, o México participa pela sétima vez do torneio e pode surpreender. Camarões venceu a Copa Africana de Nações como zebra e deve ser figurante na competição, assim como as frágeis Nova Zelândia e Austrália.

CLIMA MORNO - A seleção russa joga para conquistar credibilidade. A equipe vem de eliminações na primeira fase na Copa de 2014 e na Eurocopa de 2016, resultados que causaram troca de técnicos. O futebol não é o esporte preferido do país, apesar de a liga local ter clubes ricos e empregar todos os 23 convocados. Mesmo assim, o elenco não leva confiança ao torcedor. Em quatro amistosos neste ano, a Rússia conquistou só uma vitória, contra a Hungria.

"O torcedor russo é muito crítico. Vamos ter de jogar bem, passar confiança, para só depois conquistar o público para nos apoiar", disse à reportagem do Estado o brasileiro Guilherme, goleiro da seleção russa.

O mineiro de 31 anos está há uma década no país e se naturalizou em 2015. "A Copa das Confederações será muito importante para pegarmos experiência. É difícil fazer alguma previsão agora, mas o time é competitivo", afirmou o jogador.

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