Educação para o desenvolvimento do país

Fernanda Kaniski Rossi*

Fernanda RossiFui à padaria comprar pão, num lindo dia de domingo, e na hora de pagar só havia um caixa atendendo, a fila aumentou e decidiram abrir outro caixa. A atendente gritou: “Próximo!”. Eu era a próxima da fila, mas não me atentei, de imediato, que o grito era para mim. Ela gritou de novo: “Próximo!”. Aí, diante do grito estridente, fui em direção ao caixa aberto, mas um homem, que na fila original estava atrás de mim, saiu em disparada e, incorporando o espírito de Lewis Hamilton, me ultrapassou, chegando ao caixa primeiro do que eu.

Cheguei ao caixa e reclamei com o indivíduo, que se surpreendeu com a minha atitude, dizendo: “Se você quiser pode passar na minha frente.”. Pensei na hora: “Se eu quiser?! O direito era meu, eu estava na frente desse sujeito.”. Prontamente respondi: “É claro que eu quero, pois estava na sua frente!”. Mas, a caixa, aquela que só ficava gritando, disse: “Agora eu já comecei a passar a compra dele e não tem como cancelar.”.

Moral da história: Reclamei pelo direito de ser atendida na ordem em que havia chegado à fila, mas, meu direito foi violado por um homem sem educação e por uma atendente sem treinamento adequado. Saí dali como a pior das derrotadas, porque meu direito havia sido arrancado de mim.

Fiquei indignada, pensando que há tantos investimentos sendo feitos para a realização da copa, mas investimentos na área de educação, que é a base para a formação de um povo idôneo, comprometido com a justiça e, acima de tudo, ciente de seus direitos, não são feitos.

No entanto, como isso aconteceu em um bairro nobre de Vitória, também refleti que é preciso muito mais do que investimentos em educação para mudar as atitudes de uma nação. Afinal, educação vem de berço e é desse tipo de educação que o Brasil também está carente.

* Jornalista

2 Respostas para “Educação para o desenvolvimento do país

  1. Concordo plenamente, a educação vem de berço. Hoje mesmo eu estava conversando com meu esposo, sobre como os valores se perderam. Eu tenho 26 anos hipoteticamente “ainda estou nova”, mas me sinto com uma mente bem diferente para minha idade, não posso nem comparar com idade. Falo isso, porque pessoas que eu conheço, e que são até mais velhas do que eu, possuem comportamentos e pensamentos semelhantes desse homem que “furou a fila” e da atendente que desmotivada com o seu salário e até com a sua situação profissional, fazem esses tipos de coisas. Hoje as pessoas não respeitam mais, passam esbarrando nos outros, e a palavra desculpa passa bem longe, o obrigado, por favor, com licença, são palavras que se perderam, ninguém conhece, e o mais triste, é que por não praticarem esses hábitos que deveriam ser normais, acabam por formar adultos do mesmo “naipe”, adultos inescrupulosos, sem educação e que independente do lugar onde mora, condição financeira, etnia, raça, credo, entre outros, são pessoas pobres de espírito, sem valores e que só fazem o ciclo da “falta de valores” persistir. Sei que o governo precisa mudar muitas coisas, em todas as áreas, mas o primordial quem precisa mudar somos nós, e a diferença está na educação, e não é da educação escolar que estou falando, estou falando da educação familiar, educação pautada em ética, respeito ao próximo, e ensinamentos que jamais a escola poderá dá a um aluno, a “educação do amor”.

  2. Concordo plenamente, a educação vem de berço. Hoje mesmo eu estava conversando com meu esposo, sobre como os valores se perderam. Eu tenho 26 anos hipoteticamente “ainda estou nova”, mas me sinto com uma mente bem diferente para minha idade, não posso nem comparar com idade. Falo isso, porque pessoas que eu conheço, e que são até mais velhas do que eu, possuem comportamentos e pensamentos semelhantes desse homem que “furou a fila” e da atendente que desmotivada com o seu salário e até com a sua situação profissional, fazem esses tipos de coisas. Hoje as pessoas não respeitam mais, passam esbarrando nos outros, e a palavra desculpa passa bem longe, o obrigado, por favor, com licença, são palavras que se perderam, ninguém conhece, e o mais triste, é que por não praticarem esses hábitos que deveriam ser normais, acabam por formar adultos do mesmo “naipe”, adultos inescrupulosos, sem educação e que independente do lugar onde mora, condição financeira, etnia, raça, credo, entre outros, são pessoas pobres de espírito, sem valores e que só fazem o ciclo da “falta de valores” persistir. Sei que o governo precisa mudar muitas coisas, em todas as áreas, mas o primordial quem precisa mudar somos nós, e a diferença está na educação, e não é da educação escolar que estou falando, estou falando da educação familiar, educação pautada em ética, respeito ao próximo, e ensinamentos que jamais a escola poderá dá a um aluno, a “educação do amor”.

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