Liderança e competitividade

O desenvolvimento regional equilibrado é resultado da soma do trabalho conjunto da cultura empreendedora com o ativismo governamental. Por meio de mecanismos inovadores, o surgimento de grandes grupamentos sustentáveis é plausível e, ao mesmo tempo, pode agregar atratividade à região, inclusive para suportar empreendimentos estruturadores de outros estados ou países.

Esse resultado só se consegue com liderança e desenvolvimento de competências. É preciso melhorar a competitividade sistêmica de empreendimentos e de economias locais, aliada à melhoria da infraestrutura e ao mapeamento das regiões com suas potencialidades e diferenciais. Esse quebra-cabeça, quando organizado, cria uma integração da sociedade em busca de seu desenvolvimento.

Estamos vivendo um momento delicado em nossa economia, mas essa transformação é um sonho possível. E um dos agentes para transformar essa ideia em realidade é o Bandes, um banco que busca resultados, sem perder o olhar para os anseios da população capixaba. Aqui não há receio de se modernizar, de se reinventar. Por isso, o banco buscou alternativas operacionais para elevar a utilização de fontes externas de recursos, visando à superação das limitações impostas pelas atuais fontes e ao declínio do modelo que apostou na subvenção e subsídio para crescer.

Exemplo desse novo caminho é a adesão ao Criatec III, fundo de investimentos emparticipações (FIP), por meio do qual é possível identificar o potencial de crescimento das empresas e financiá-las, adquirindo um percentual de participação no negócio. Os FIPs têm um terreno fértil para se desenvolver em solo capixaba pelo potencial de startups e incubadorasexistentes e cadeia de fornecedores das empresas âncoras capixabas.

Outra oportunidade que merece destaque é o comércio exterior. No cenário de desvalorização do Real, exportar voltou a ser uma atividade atraente. Produtos locais que antes não tinham como serem exportados, agora estão em busca de novos mercados.

Temos a matéria-prima e as ferramentas para criar oportunidades e inovar no Espírito Santo. Isso significa que estamos em uma busca constante pela eficiência e produtividade, eliminação de desperdícios e obstáculos burocráticos e novas soluções financeiras, especialmente com as parcerias público-privadas e nas modelagens capazes de viabilizar projetos estratégicos. O desafio do Bandes, portanto, é ser um banco de soluções de financiamento para o desenvolvimento em rede do Espírito Santo.

Aroldo Natal Silva Filho

Diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *