Previna o câncer de mama também nos pets

câncer de mama em pets

A campanha Outubro Rosa já chegou na sua casa? Nesse mês, há muita mobilização para a conscientização sobre o câncer de mama, o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, mas é preciso levar a conscientização para dentro de casa, tomando todas as medidas preventivas. Se você pensa que isso vale somente para nós, humanos, está enganado: o câncer de mama em pets também é uma realidade.

Tanto para cães como para gatos, a incidência é bem maior nas fêmeas, com raros casos nos machos. Identificar as causas de um câncer é uma tarefa pouco precisa, já que muitos fatores podem estar associados – sendo o genético bastante forte –, mas de qualquer maneira, o melhor caminho será a prevenção, que exige atenção constante dos tutores. A principal medida preventiva é a observação de inchaços ou surgimento de nódulos na região das mamas, pois nem sempre há alterações claras na fase inicial de um câncer (como falta de apetite, febre, vômitos, entre outros). Foi só assim que a família da designer Julia Olivieri conseguiu identificar a doença em sua cadelinha Sookie ainda no estágio inicial. “Não houve nenhum sintoma que nos alertasse, mas observamos um sinal na mama. De início, a orientação foi apenas que observássemos, mas com o tempo o caroço foi aumentando e às vezes parecida inflamado. Foi apenas por causa de um problema no baço que pediram também uma biópsia de um nódulo que apareceu no exame. Só aí o câncer foi identificado”, explica.

Um ponto importante no caso dela é que, assim como muitas outras, a família desconhecia a existência da especialidade de oncologistas veterinários e, ao serem encaminhados para uma, foram informados que a retirada da mama teria sido indicada desde a primeira suspeita. Isso deixa um alerta importante: não ignorar os sinais e procurar o mais breve possível um profissional especialmente capacitado para analisar a possibilidade de um câncer.

câncer de mama em pets
Sookie iniciou o tratamento no estágio inicial da doença

Ainda com relação à prevenção, há um ato de amor que ajuda não somente na proteção ao câncer, mas de diversas outras doenças relacionadas ao sistema reprodutor: a castração. Como o aparecimento de tumores na região das mamas está relacionado a estímulos hormonais, pets castrados apresentam mais de 90% de chance de não sofrerem com o câncer. O procedimento é indicado normalmente para antes do primeiro cio ou entre o primeiro e o segundo cios, conforme cada caso.

O tratamento é possível!

Detectar a presença do tumor com a maior rapidez possível faz toda a diferença para um tratamento eficaz, que poderá incluir diferentes medidas, a depender da gravidade do nódulo e estágio. Pode ser indicada a remoção do tumor ou de toda a cadeia mamária; além disso, a quimioterapia também é comumente realizada, como no caso da poodle Sookie. Julia explica que o tratamento tem alguns efeitos colaterais. “Além da retirada do nódulo, o tratamento dela incluiu 6 sessões de quimioterapia. Ao longo do tratamento, ela teve que ser medicada todos os dias com remédio para enjoo e desenvolveu uma incontinência urinária, que é considerado um efeito pouco comum. Também apresentou fraqueza nas pernas, causando tremor”, elenca. Após o fim dessa etapa, o veterinário ainda pode indicar medicações ou a retirada de toda a cadeia mamária, para evitar o reaparecimento de tumores.

A família deve estar preparada para entender que todas essas medidas visam o bem-estar do pet, e que após realizá-las, há boas chances de o animal continuar vivendo bem por muitos anos.

A grande lição do Outubro Rosa é: insira os check-ups constantes do pet na rotina de cuidados e faça também sua parte dentro de casa: examinar constantemente o animalzinho, apalpando a região das mamas, pode salvar sua vida! Não ignore qualquer sinal e procure ajuda profissional de confiança para descartar qualquer possibilidade ou iniciar o tratamento, se necessário.

 

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