Geral

Grupo de brasileiros acampa no Vaticano para canonização

Cidade do Vaticano - Um grupo de 25 brasileiros de Curitiba (PR) estendeu colchonetes entre cadeiras dobráveis e mochilas cheias de sanduíches, frutas e garrafas de água bem no centro da Praça São Pedro, na Cidade do Vaticano, para garantir um bom lugar na missa de canonização de João XXIII e João Paulo II, no domingo, 27, às 10 horas (5h pelo horário de Brasília). Dispostos a passar a noite deste sábado, 26, acampados, torciam para a polícia não expulsá-los, quando os bloqueios forem fechados. Pelo esquema de segurança, os peregrinos só poderiam entrar às 6 horas da manhã de hoje (1h pelo horário de Brasília).

"Estamos dispostos a fazer qualquer sacrifício", disse o funcionário público municipal Paulo Roberto Rossa, que veio com sua mulher Maria Lurdes e a filha Patrícia para assistir à cerimônia. É a primeira vez que o casal viaja à Europa, mas Patrícia já participou da Jornada Mundial da Juventude quatro vezes, em Munique, Sydney, Madri e Rio. Na Itália, visitaram os santuários de Assis e Cássia.

Os peregrinos, vindos de todas as partes do mundo, lotam a Praça São Pedro. Mesmo cansados após 21 horas de avião, os indonésios Stevan e Liliana Tan, que chegaram na sexta-feira, 25, comemoravam a aventura de voar de Jacarta a Roma, em um roteiro exclusivamente religioso. Perto deles, 150 rapazes e moças do movimento Jovens 2000, da Alemanha, levantavam bandeiras para atrair a atenção. Guiado pelo padre Marcelo Catril, um grupo de chilenos enfrentou três horas de fila para rezar nos túmulos de João Paulo II e João XXIII.

Delegações

O porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, anunciou que o papa emérito Bento XVI aceitou o convite de Francisco para participar da missa de canonização. O Vaticano divulgou os nomes dos chefes de 93 delegações estrangeiras que assistirão à cerimônia, na ala esquerda do altar do papa. A rainha Elisabeth, que é a chefe da Igreja Anglicana, mandou o Duque de Gloucester e consorte. Da Polônia, país natal de João Paulo II, vêm o presidente da República e Lech Walesa, amigo de Karol Wojtyla. O Brasil não consta da relação.

Pontos moeda