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Justiça condena universitária por brincadeira em trote na Ufes

O que era para ser brincadeira terminou pesando no bolso de uma ex-aluna do curso de Economia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

A Justiça Federal condenou Fabiana Aleixo Stelzer ao pagamento de indenização no valor de mais de R$ 7 mil por danos morais e materiais por ter aplicado um trote do curso de Ciências Econômicas da UFES em 2004. Na ocasião, Fabiana derramou um vidro de violeta genciana, um corante antisséptico, em uma caloura que se recusava a participar do trote.

Na ação movida pela caloura, o Ministério Público Federal do Espírito Santo (MPF/ES) opinou favoravelmente à condenação de Fabiana ao pagamento de danos morais, uma vez que, por causa das manchas de violeta genciana pelo corpo, a vítima do trote se tornou motivo de chacota na universidade e teve que fazer mudanças em sua rotina. A substância manchou as roupas, sapatos e mochila da estudante.

Universidade se diz contra trotes
Jaqueline silva, diretora de Assistência Estudantil da Ufes, declarou que na época em que ocorreu o incidente, a instituição já havia aprovado a Resolução n° 13/2004, que regulamenta a recepção aos calouros na universidade e proíbe o trote.  A diretora ressaltou que a Ufes tem criado medidas para coibir este tipo de ação, promovendo, no início de cada semestre, eventos para receber os novos ingressantes. Jaqueline enfatizou que o aluno que se sentir coagido a participar de eventos que expõe em situações vexatórias, devem ser denunciados aos responsáveis para que medidas sejam tomadas. 

Relembre trotes polêmicos no país
Em Araraquara, São Paulo, dois estudantes foram presos em flagrantes pela Guarda Municipal quando furtavam um vaso de um túmulo do Cemitério São Bento, no Centro. Segundo a Polícia Civil, os jovens teriam praticado a ação porordem dos veteranos de uma faculdade. 

Formigueiro
No interior de Minas Gerais, um calouro foi despido e coberto de tinta. Não contentes, os veteranos ainda o obrigaram a deitar sobre um formigueiro. O estudante recebeu mais de 250 picadas e foi internado. A UFU expulsou dois alunos e suspendeu outros 13. 

Alunos queimados
Sete estudantes da universidade em Barretos, interior de São Paulo, foram recebidos com jatos de creolina – um desinfetante industrial altamente corrosivo.Todos sofreram queimaduras de primeiro grau. O caso foi investigado pela polícia, mas acabou arquivado pelo Ministério Público de São Paulo.

Coma alcoólico
Em Leme, interior deSão Paulo, um calouro foi chicoteado, forçado a beber pinga e a rolar em excremento de animais, além de ser amarrado a um poste e sofrer agressões. O garoto entrou em coma alcoólico e, abandonado na rua, foi internado como indigente. Ele deixou a universidade, que abriu uma sindicância para apurar o caso.

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