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Trânsito totalmente parado por causa de manifestação de estudantes e professores em Vitória

 

 

 

 

 

 

 

Estudantes e professores pararam o trânsito nos dois sentidos em frente à Secretaria de Estado da Educação (Sedu), na Avenida Vitória, nesta terça-feira (15).

De acordo com informações da Guarda de Trânsito da Capital, os manifestantes sentaram nas vias e impediram a passagem de veículos. 

A greve geral dos professores estaduais começou na manhã desta segunda-feira (14), sem data definida para acabar.

A categoria se reuniu na Praça Duque de Caixas, em Vila Velha, por volta das 7h30. De acordo com os professores, algumas escolas aderiram totalmente à paralisação e outras decidiram aderir parcialmente.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Espírito Santo (Sindiupes), a pauta de reivindicação da categoria tem 14 pontos, entre eles a reposição de perdas salariais, o respeito à lei do piso salarial, a gestão democrática e a reestruturação dos planos de carreira.

Com a paralisação dos professores, a estimativa é de que 70% das escolas estejam sem aula.

Em entrevista ao programa Fala Manhã, da TV Vitória/Rede Record, nesta terça-feira (15), o secretário estadual de Educação Klinger Barbosa lembrou que a Justiça considerou a greve ilegal, na última sexta-feira (11). Disse ainda que o governo está aberto às negociações com a categoria, e que os professores deverão repor as aulas.

“A decisão da Justiça considerando a greve ilegal se baseou no fato de que os estudantes não podem ser prejudicados. Nossas escolas estão abertas, e os professores precisam comparecer. Essa é uma decisão judicial que precisa ser garantida, tanto para o lado dos professores, como para ao lado da Sedu (Secretaria Estadual de Educação) também. Nós temos o compromisso de manter as escolas abertas, e de atender aos estudantes. Temos muitos programas em andamento, de reforço escolar, as aulas normais,e  os programas complementares. Nós estamos abertos para conversa com os professores”, explicou.

Protesto

Em março deste ano, a categoria entregou uma pauta de reivindicações aos deputados estaduais. Os professores exigem o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada; investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria; votação imediata do Plano Nacional de Educação e a destinação de 10% do PIB para a educação pública; e contra a proposta dos governadores de reajuste do piso somente pelo índice da inflação.

No último dia 8, após uma assembleia, os profissionais decidiram entrar em greve e pararam o trânsito. Eles se concentraram na Praça Getúlio Vargas e seguiram em caminhada até o Palácio Anchieta, em Vitória.

No dia 17 do mês passado, um protesto realizado pelos professores terminou em conflito com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Serra. Os docentes foram às ruas pedir mais valorização da classe. A polícia exigia que os professores ocupassem apenas uma faixa da via, o que não foi obedecido. Com a recusa do grupo, a polícia usou spray de pimenta e gás lacrimogêneo.

Já no dia 18, mais de 5 mil professores se reuniram em frente à Assembleia Legislativa em nova manifestação. O protesto teve início na avenida Carioca, em Vila Velha. Os manifestantes atravessaram a Terceira Ponte e, em seguida, foram para o Hortomercado, em Vitória, onde se reuniram com profissionais de diversos municípios capixabas.

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