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Professores em manifestação liberam uma das vias da avenida Jerônimo Monteiro, no Centro de Vitória

Por volta das 12h40 desta quarta-feira (16), os professores decidiram liberar uma das faixas da avenida Jerônimo Monteiro, no sentido Centro/Cariacica, em frente ao Palácio Anchieta.

As faixas no sentido praia estão liberadas. De acordo com a Central de Videomonitoramento de Vitória, o trânsito segue congestionado até a altura do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), em Jucutuquara.

Em assembleia, realizada na manhã desta quarta-feira (16), a categoria decidiu manter a greve. A assembleia terminou por volta das 11 horas, e os professores saíram em caminhada pelas ruas da capital. Por volta das 11h20, parte do grupo já havia chegado à Curva do Saldanha.

A greve teve início na última segunda-feira (14). Os educadores cobram a aplicação do piso salarial nacional, além do plano de carreira para professores e melhores condições físicas nas unidades escolares.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Espírito Santo (Sindiupes), cerca de 400 institutos estaduais de ensino estão com as aulas suspensas.

Entenda o caso

No início do mês de março, a categoria entregou uma pauta de reivindicações aos deputados estaduais. Os professores exigem o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada; investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria; votação imediata do Plano Nacional de Educação e a destinação de 10% do PIB para a educação pública; e contra a proposta dos governadores de reajuste do piso somente pelo índice da inflação.

No dia 17 de março, um protesto realizado pelos professores terminou em conflito com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Serra. Os docentes foram às ruas pedir mais valorização da classe. A polícia exigia que os professores ocupassem apenas uma faixa da via, o que não foi obedecido. Com a recusa do grupo, a polícia usou spray de pimenta e gás lacrimogêneo.

Já no dia 18, mais de 5 mil professores se reuniram em frente à Assembleia Legislativa em nova manifestação. O protesto teve início na avenida Carioca, em Vila Velha. Os manifestantes atravessaram a Terceira Ponte e, em seguida, foram para o Hortomercado, em Vitória, onde se reuniram com profissionais de diversos municípios capixabas.

No dia 8 de abril, após uma assembleia, os profissionais decidiram entrar em greve e pararam o trânsito. Eles se concentraram na Praça Getúlio Vargas e seguiram em caminhada até o Palácio Anchieta, em Vitória.

Na manhã da última segunda-feira (14), a categoria se reuniu na Praça Duque de Caixas, em Vila Velha. Já na última terça-feira (15), cerca de 500 professores e alunos interditaram as realizaram um protesto pelas ruas de Vitória.  A concentração teve início por volta das 08 horas, na Praça do Cauê, e só foi encerrada por volta do meio dia.

Secretário diz que governo está aberto às negociações

Em entrevista ao programa Fala Manhã, da TV Vitória/Rede Record, na última terça-feira (15), o secretário estadual de Educação, Klinger Barbosa, lembrou que a Justiça considerou a greve ilegal, na última sexta-feira (11). Ele disse ainda que o governo está aberto às negociações com a categoria, e que os professores deverão repor as aulas.

“A decisão da Justiça considerando a greve ilegal se baseou no fato de que os estudantes não podem ser prejudicados. Nossas escolas estão abertas, e os professores precisam comparecer. Essa é uma decisão judicial que precisa ser garantida, tanto para o lado dos professores, como para ao lado da Sedu (Secretaria Estadual de Educação). Nós temos o compromisso de manter as escolas abertas, e de atender aos estudantes. Temos muitos programas em andamento, de reforço escolar, as aulas normais, e os programas complementares. Nós estamos abertos para conversa com os professores”, explicou.

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