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Abert repudia violência contra repórteres estrangeiros em protesto de SP

A abertura da Copa foi acompanhada por 14 defensores públicos, que se revezavam entre os locais de manifestação na zona leste e a Fan Fest, no centro de São Paulo

Cerca de 150 homens da Força Tática e da Tropa de Choque da Polícia Militar ocupam todas as imediações Foto: Estadão Conteúdo

São Paulo - A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) repudiou a violência contra repórteres que cobriam as manifestações. Segundo a associação, ficaram feridos no confronto as jornalistas da emissora americana CNN Barbara Arvanitidis e Shasta Darlington; o assistente de câmera do SBT Douglas Barbieri (os três por estilhaços de bomba); o jornalista argentino Rodrigo Abd, da agência de notícias Associated Press, e um repórter de uma equipe de TV francesa (por balas de borracha). "É inaceitável que a polícia empregue meios violentos", diz a Abert, em nota oficial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Defensoria vê ato da polícia de SP como desproporcional

A abertura da Copa foi acompanhada por 14 defensores públicos, que se revezavam entre os locais de manifestação na zona leste e a Fan Fest, no centro. O defensor público Carlos Weis, que acompanhava a manifestação que começou na Estação Carrão do Metrô desde o início, considerou a ação da polícia "desproporcional".

"A Defensoria Pública de São Paulo já notificou e entrou com ação civil pública em abril para impedir que a Polícia Militar agisse com força desproporcional. Os manifestantes colocaram fogo na rua e não afetaram propriedades. E a PM vem com métodos só de jogar bomba, o que causa pânico e correria. Bastava apagar o fogo. A impressão de todas as manifestações é de que a PM age ao sinal de primeiro distúrbio com violência", disse, às 12h, após a tropa arremessar bombas na Rua Serra do Japi.

Abesata atribui ato de aeroviários à "miopia do governo"

A manifestação ocorrida na manhã desta quinta-feira, 12, nas imediações do Aeroporto do Galeão "é um reflexo da miopia do governo federal com parte do setor aéreo", declarou o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (Abesata), Ricardo Miguel, por meio de nota.

Ele critica o fato de o governo federal ter utilizado a lei que altera a incidência das contribuições previdenciárias devidas pelas empresas para beneficiar apenas uma parte dos empregadores e empregados do setor aéreo. Conforme explicou a entidade, desde janeiro de 2013, as companhias aéreas domésticas recolhem 1% do faturamento e não mais 20% sobre o valor da folha de pagamento. Mas o benefício não foi estendido às empresas de serviços auxiliares de transporte aéreo. "Isso tem impossibilitado criação de postos de trabalho", afirmou a Abesata. 

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