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Menina é barrada em escola de Vila Velha por usar camisa da seleção de Portugal

Mãe afirma que a instituição permitiu a entrada de alunos com camisa da seleção, mas não imaginava que a filha não poderia torcer para outro país

Crystal tem dupla cidadania e queria torcer pela seleção portuguesa Foto: Reprodução / Priscilla Anderson

Uma estudante foi impedida de entrar dentro de uma escola particular de Vila Velha, na tarde desta quarta-feira (25), após chegar vestida com uma camisa da seleção de Portugal. De acordo com a mãe da adolescente, a jornalista Priscilla Anderson de Souza Casqueiro, o Colégio Marista havia enviado um comunicado dizendo que até sexta-feira (27) os alunos poderiam ir para a instituição vestidos com a camisa da seleção brasileira. 

Priscilla contou que no comunicado eles ainda informaram que camisas de outros times de futebol não poderiam ser usadas. “Eu não imaginei que minha filha não poderia usar a camisa de outro país. Ela tem dupla cidadania e teve vontade de torcer para Portugal. Por conta disso resolvi comprar a camisa”, explica a mãe. 

De acordo com a jornalista, a filha Crystal havia frequentado a escola na última terça-feira (24) com a mesma camisa e ninguém havia falado nada. “Quando ela chegou hoje na escola não a deixaram entrar alegando que não estava com o uniforme e nem com a camisa da seleção brasileira. Disseram que a solução seria ela trocar a camisa com outra pessoa para entrar, mas não aceitei”, contou.

Por causa do ocorrido, a estudante acabou perdendo uma prova, e segundo a mãe, a aluna vai precisar pagar para fazer a segunda chamada. “Depois de um tempo eles disseram que permitiriam a entrada dela apenas para fazer a prova, mas também não aceitei. É um absurdo uma instituição de ensino que não aceita as diferenças e não estimula a democracia. É por isso que a sociedade está intolerante”, desabafou. 

Crystal disse que se sentiu mal com o acontecido e está com vergonha. “Eu fiquei frustrada com o que aconteceu, pois eu não podia torcer pelo time que eu queria. Me senti muito mal e com vergonha, porque todos me viram parada na entrada”, relatou a adolescente.

A vice-diretora do Colégio Marista, Cristina Vargas, informou que o combinado entre os alunos era de que somente camisas da seleção brasileira estava liberada e que, no momento do acordo, nenhum aluno demonstrou interesse em usar outra camisa. Ela lembrou que houve uma tentativa de acordo para que a menina entrasse para fazer a prova, mas a mãe dela não aceitou. 

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