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Famílias voltam a ocupar terreno na Serra após mega ação policial de reintegração

A polícia usou até um helicóptero para garantir cumprimento de mandado de reintegração de área, na Rodovia do Contorno. O terreno estava invadido há 15 dias por seis mil famílias

Mesmo após a ação de mais de 220 policiais, famílias voltam a ocupar área Foto: Marcelo Rosa/TV Vitória

Mesmo após a mega ação realizada por mais de 220 policiais para o cumprimento de uma ordem de desocupação de um terreno próximo a Rodovia do Contorno, entre Serra e Cariacica, na última terça-feira (16), famílias voltaram a ocupar o terreno na manhã desta quarta-feira (17). Alguns representantes das famílias informaram que já estão demarcando território e que não vão sair de lá. “Nós já voltamos. Estamos indo trabalhar, mas nossas mulheres vão ficar aqui de plantão. As pessoas já estão chegando desde às 5 horas”, disse um dos representantes. 

Os proprietários da área providenciaram a escavação de uma vala de mais de 1 metro para tentar coibir o retorno dessas pessoas. Mesmo assim, os ocupantes improvisaram uma ponte de madeira e estão voltando ao terreno para demarcar mais partes dos lotes. 

Homens do Batalhão de Missões Especiais e da Cavalaria da Polícia Militar e também da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão no local desde às 6h30 desta terça-feira (16) junto com oficiais de justiça para cumprir os mandados. 

A desocupação

Um a um os barracos foram destruídos por tratores. Fotos: Reprodução/TV Vitória

A desocupação de um terreno de dois milhões de metros quadrados, que equivale a 242 campos oficiais de futebol, terminou com 11 pessoas detidas, de acordo com o delegado Ludogério Ralff, da Terceira Regional da Serra.

Segundo ele, foi uma "confusão generalizada" no local. E para manter a ordem, a polícia militar precisou conduziu essas pessoas até a delegacia. Entre elas havia três adolescentes.

A polícia usou até um helicóptero para garantir cumprimento de mandado de reintegração de área, na Rodovia do Contorno. O terreno estava invadido, há 15 dias, por seis mil pessoas.

Os barracos foram destruídos um a um. Uma verdadeira operação de guerra foi montada para garantir o cumprimento dos mandados de reintegração de posse da área expedidos pela Justiça a favor dos quatro proprietários do terreno. A ofensiva reuniu 40 policiais rodoviários federais e 180 policiais militares.

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