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Promotor sugere volta do pedágio para acabar com trânsito na Terceira Ponte

Com o pedágio suspenso mais pessoas ficaram a vontade para usar a ponte, mas a estrutura física permaneceu a mesma. O problema foi a falta de planejamento de curto prazo

Para o promotor a melhor opção seria a implantação de um pedágio público urbano Foto: Divulgação

O Ministério Público do Espírito Santo está de olho no aumento do fluxo de trânsito na Terceira Ponte. Para o promotor Marcelo Lemos, o problema é causado pela falta de planejamento da Rodosol, empresa que administra a via. Com o pedágio suspenso mais pessoas ficaram a vontade para usar a ponte, mas a estrutura física permaneceu a mesma. O promotor sugere a implantação do pedágio para acabar com os congestionamentos. 

Com base na lei de mobilidade urbana, publicada em 2012, duas alternativas poderiam ajudar a desafogar o trânsito na Terceira Ponte. Uma delas seria um rodízio de veículos, a exemplo do que já acontece em São Paulo. Mas para o promotor a melhor opção seria a implantação de um pedágio público urbano.

“O diferencial do outro pedágio, além dele ser público, ele é flexível. Você pode, por exemplo, liberar nos fins de semana e feriados, cobrar mais caro nos momentos de pico, nos momentos de pico médio ele ser mais em conta e no momento em que a ponte está mais livre ele pode ser totalmente gratuito, para que as pessoas se eduquem para a utilização do equipamento público”, explica o promotor.

Segundo dados da Rodosol, desde que o pedágio da Terceira Ponte foi suspenso, em abril deste ano, o fluxo de veículos aumentou em mais de 23%. Isso significa que cerca de 96 mil carros atravessam, todos os dias, a principal ligação entre os municípios de Vitória e Vila Velha. Para o promotor Marcelo Lemos, o resultado vai além do caos no trânsito. O uso intenso da ponte pode significar um risco para as pessoas.

“Nos preocupa a quantidade de veículos, quando a gente fala mais de 20%, nós estamos falando hoje de mais de 100 mil veículos dia. Sem contar que muitas vezes eles ficam parados em cima da ponte. Ficamos preocupados no sentido de que será que quando foi construída e projetada ela seria capaz de suportar essa quantidade de veículos transitando. Será que ela suporta eles parados em cima da ponte?”, questiona o promotor Marcelo Lemos.

Na tarde desta terça-feira (02) foi realizada a primeira reunião da Comissão de Mobilidade Urbana do Ministério Público Estadual para discutir o assunto. O MPES também solicitou informações à Agência Reguladora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária do Espírito Santo e à Rodosol. Ambas informaram, por meio de nota, que ainda não receberam a notificação do MPES. A partir do recebimento das informações solicitadas, o órgão dará prosseguimento à implantação das mudanças.

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