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Crianças com vários tipos de doenças dividem mesmo espaço do Hospital Infantil de Vitória

O corredor onde as crianças são atendidas fica entre o Pronto Socorro e a Emergência do hospital. No último domingo (21), foram contabilizadas 30 crianças com seus acompanhantes no corredor

Denúncia de superlotação no Hospital Infantil Foto: Divulgação/Governo

A mãe de uma criança de dois anos, Fernanda Guimarães, revela a precariedade do atendimento no Hospital Infantil de Vitória. Segundo ela, o filho ficou internado seis dias no corredor da unidade com pneumonia e dividindo espaço com outras crianças com diversos tipos de doença.  

“Havia crianças de todas as idades e com diversos tipos de doenças, todas juntas. Meu filho estava com pneumonia e tinha criança com caxumba e meningite no mesmo corredor. Tinha criança internada no corredor há mais de 10 dias, um absurdo”, desabafou. 

Fernanda diz que o corredor onde as crianças são atendidas fica entre o Pronto Socorro e a Emergência do hospital. No último domingo (21), ela contabilizou 30 crianças com seus acompanhantes no corredor.

A mãe reclama das condições em que as crianças são atendidas e expostas a possíveis contaminações por outras doenças. Fernanda revela ainda que crianças dividiam a mesma cama por falta de espaço na unidade. Ela relatou também que o banheiro existente é utilizado pelos pacientes internados, acompanhantes e pessoas que vinham ao hospital para consulta.

A diretora Técnica do Hospital Infantil, Rachel Lacourt Costa, não nega que ocorra superlotação no hospital, mas informa que na unidade não existe corredor. “É uma sala menor, de retaguarda do Pronto Socorro.”

Rachel Lacourt justificou a superlotação do hospital devido à falta de pediatras no mercado, aos Pronto Atendimentos da Grande Vitória não contarem com este especialista nos finais de semana, ao fechamento da ala de pediatria do Hospital Metropolitano e pelo atendimento à pacientes vindos do interior do Espírito Santo e dos estados vizinhos.

“Não existe omissão de socorro, a população não pode ficar sem atendimento. O hospital atende da melhor forma possível a todos”. A diretora informou, ainda, que todas as crianças que entram são classificadas por prioridade e se necessário é feito o isolamento para que não ocorra contágio.

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