Geral

Jovens afirmam ser vítimas de homofobia em shopping de Vitória

Jovem lembra com tristeza dos palavrões que ouviu. 'Ela foi para fora da loja e começou a gritar sai suas bichas, suas bichas loucas, bichas safadas'.

Mesmo com a cliente negando tudo os vendedores querem justiça Foto: Reprodução TV Vitória

Dois jovens vendedores de uma loja de um shopping da Capital afirmam que foram vítimas de homofobia na manhã desta quarta-feira (10). Os jovens, de 22 anos e 25 anos, que preferem não se identificar disseram que uma senhora foi até a loja trocar um produto que havia comprado em uma franquia no Rio de Janeiro. Os funcionários informaram que não era possível realizar a troca e, segundo eles, acabaram sendo ofendidos. 

“Ela queria trocar uma bolsa, eu mostrei as bolsas que tinham na loja e ela queria experimentar um sapato também. Mostrei os sapatos para ela e percebi que a bolsa não era da nossa loja. Que é uma franquia do Rio e só é possível trocar na loja onde a compra foi realizada. Minha colega de trabalho informou que não poderia trocar, aí ela começou a se exaltar, mandou minha colega calar a boca e disse que ela não sabia com quem ela estava falando”. 

Ele lembra com tristeza dos palavrões que ouviu. “Ela levantou e começou a xingar a gente, que em uma loja assim não podia trabalhar homem, que era só mulher que deveria trabalhar. Ela foi para fora da loja e começou a gritar suas bichas, suas bichas loucas, bichas safadas.”

O outro funcionário, de 25 anos, diz que essa não é a primeira vez que essa cliente ofende um vendedor da loja. “Já é a segunda vez. Ela veio no ano passado e esse ano ela retornou querendo trocar mercadoria de outro Estado. Nós explicamos como funciona, que não realizamos esse tipo de troca. Mas ela se exaltou e começou a xingar todo mundo de bicha safada e que queria trocar a mercadoria”.

Os funcionários foram orientados pelos seguranças do shopping a procurar a polícia. Toda a história foi parar na 1ª Delegacia Regional de Vitória. Uma equipe da TV Vitória conversou com a senhora que supostamente ofendeu os funcionários, mas ela não quis gravar entrevista. Se identificou como uma professora moradora do Rio de Janeiro de 62 anos. Negou toda a confusão e disse que tudo não passou de um mal entendido.

Mesmo com a cliente negando tudo os vendedores querem justiça. “Nós queremos os nossos direitos, que ela pague pelo que fez, pelo constrangimento na loja e no shopping”.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil do Espírito Santo enviou nota informando que a professora do Rio de Janeiro assinou um termo circunstanciado por injúria e foi liberada. Com esse termo ela se comprometendo em comparecer em juízo sempre que for solicitada, e é o juiz quem vai definir a pena qual a ser aplicada para esta senhora.

Pontos moeda