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Rodoviários fazem paralisação e ônibus não circulam na Grande Vitória

A terça-feira (30) começou com pontos lotados e terminais fechados em toda a Grande Vitória; Os rodoviários pretendem realizar uma passeata em direção à sede da Sesp

Motoristas reunidos em frente à garagem  Foto: Janderson Detoni/Whatsapp Folha Vitória

A terça-feira (30) começou com pontos lotados e terminais fechados na Grande Vitória. Os rodoviários realizam uma paralisação após o atentado contra um motorista do Transcol na noite do último sábado (27).

A paralisação atinge ônibus do sistema Transcol e de linhas municipais da viação Grande Vitória, que atende os bairros da capital capixaba, e Sanremo e Praia Sol, em Vila Velha.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), Silvio Carlos, a paralisação atinge 100% da frota. "Estamos com todos os ônibus parados. Nós vamos nos reunir na Praça do Papa, em Vitória, para sairmos em passeata em direção à sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública. A paralisação não tem hora para acabar", disse.

Garagens lotadas

As garagens de ônibus ficaram lotadas na manhã desta terça-feira (30). Por conta da paralisação, a garagem da Viação Grande Vitória, na Capital, e na garagem de Vila Velha, pelo menos 300 motoristas e cobradores ficaram impedidos de sair às ruas para trabalhar.

Reunião

Na tarde da última segunda-feira (29), os rodoviários se reuniram para avaliar possíveis protestos ou paralisações que poderiam acontecer na Grande Vitória, após um motorista ser baleado, enquanto trabalhava, no Terminal de Campo Grande, em Cariacica, na noite do último sábado (27).

Atentado a motorista

A vítima, que não teve o nome divulgado, foi atingida na barriga pelo disparo. O motorista foi socorrido e encaminhado a um hospital. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Carlos Roberto Louzada, o atentado revoltou a categoria. “Todos estão revoltados. Muitos trabalham de madrugada e não tem segurança. Não vemos a ação da polícia. Se mais alguma coisa acontecer hoje nós vamos recolher os ônibus como fizemos ontem após o crime”, afirmou.

Outro caso que também revoltou a categoria, segundo o presidente do sindicato, aconteceu na última sexta-feira (26). Após uma série de protestos que aconteceu durante a semana no bairro Vila Nova de Colares, na Serra, um ônibus quase foi incendiado no início da noite. 

Segundo testemunhas, quatro homens entraram dentro do ônibus, quebraram o vidro e jogaram gasolina no motorista e no cobrador. As testemunhas ainda contaram que eles queriam colocar fogo tanto nos dois homem que trabalhavam no coletivo, como no veículo. “Os motoristas e trocadores trabalham com medo. Com esses casos é difícil trabalhar”, apontou Louzada.

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