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Polêmica no ES: União homoafetiva ainda causa polêmica e agressões nas ruas

A lei de união estável, de 1996, já previa que casais estáveis solicitassem a conversão para casamento, mas só em 2011 casais do mesmo sexo alcançaram este direito

 Em 2011 casais do mesmo sexo passaram a ter o direito de união estável  Foto: Reprodução

Embora o movimento LGBT considere um avanço a possibilidade de haver o casamento homoafetivo, ou seja, união entre casais do mesmo sexo, integrantes do movimento consideram que a homofobia é, ainda, um problema grave da nossa sociedade. 

O casamento homoafetivo ainda é um assunto polêmico. A lei de união estável, de 1996, já previa que casais estáveis solicitassem a conversão para casamento. Mas foi só em 2011 que casais do mesmo sexo alcançaram este direito.

“Independente de não termos uma lei especifica do casamento civil de pessoas do mesmo sexo a recomendação do Conselho Nacional de Justiça faz com que o casamento possa acontecer”, explicou a representante da comissão de diversidade sexual da OAB, Flavia Brandão.

Compartilhar a casa, a rotina e a vida como uma família normal é a maior satisfação de Ana Regina e Cristiane. Juntas há quase oito anos, elas só puderam se casar em 2012.

“O fato de poder dizer que temos o mesmo direito de certidão de casamento e o direito civil, já muda muita coisa”, disse a dentista Cristiane Vieira Barradas.

“As conquistas que temos se deve ao Judiciário, ao Supremo Tribunal Federal e ao Conselho Nacional de Justiça. Agora nós precisamos que se torne lei", afirma a aposentada e militante do movimento, Ana Regina Bourguignon Pinto.

Para os militantes do movimento LGBT o casamento é apenas uma vitória de uma batalha maior contra a homofobia. De acordo com dados do próprio movimento, somente na última semana, seis homicídios cometidos no Brasil estavam relacionados a preconceito e discriminação por pessoas homossexuais.

E o voto nessas eleições pode ser estratégico para reduzir o preconceito. Além disso, no período eleitoral a pauta dos movimentos pela igualdade de gêneros ganha destaque. No Folha Vitória os candidatos ao Governo do Estado manifestaram suas opiniões a respeito deste e de outros temas. Para Déborah Sabará é importante conhecer o que cada um tem a dizer para que seja possível fazer a melhor escolha.

“Temos que tirar o nosso voto contra o machismo, racismo e homofobia do armário. Votar consciente, não deixar de votar porque isso pode ajudar ou complicar todo o cenário político do Brasil”, a coordenadora do Fórum LGBT do Espírito Santo, Déborah Sabará.

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