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Boato sobre internação de paciente com suspeita de ebola causa pânico em hospital de Vitória

O boato diz que um casal com suspeita da doença estaria internado no Hospital Santa Rita, em Vitória. No entanto, médicos que trabalham no local negam a informação.

Somente um caso suspeito de ebola foi registrado no Brasil Foto: Divulgação

Um boato sobre a internação de um paciente com suspeita de ebola provocou pânico entre as pessoas que buscavam atendimento na manhã desta segunda-feira (20), no Hospital Santa Rita, em Vitória. Nas redes sociais, uma mensagem compartilhada através aplicativo WhatsApp, também alerta sobre o possível caso de ebola no Espírito Santo. O texto afirma que um casal teria dado entrada no Hospital Santa Rita, em Vitória, com sintomas da doença. 

De acordo com um médico, que não quis se identificar, a informação ainda não pode ser confirmada.  Mas, segundo ele, apenas o Vitória Apart Hospital está apto a receber pacientes que precisam de isolamento, já que é o único que possui leitos de isolamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

A assessoria do Hospital Santa Rita diz que a direção da unidade está reunida na manhã desta segunda-feira (20) e discute a repercussão do boato e não confirma as informações sobre a suspeita de ebola. A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo (Sesa), mas a assessoria informou que não tinha conseguido confirmar ou descartar a notícia com os responsáveis pelo hospital.

O Vitória Apart Hospital esclareceu, por meio de nota, que a unidade referência indicada pelo Ministério da Saúde para receber pacientes suspeitos e/ou contaminados pelo vírus ebola no Espírito Santo é o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves e não o Vitória Apart Hospital.

Somente um caso suspeito de ebola foi registrado no Brasil, mas o resultado de dois exames realizados no paciente deram negativo. O Instituto Evandro Chagas, em Belém, confirmou que o homem de 47 anos, procedente da Guiné, não tem o vírus.

O homem natural da Guiné chegou ao Brasil no dia 19 de setembro. Em Cascavel, o africano sentiu febre no dia 8 de outubro, e, no dia seguinte, procurou uma Unidade de Pronto-Atendimento. O Ministério da Saúde foi acionado e o paciente transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, onde ele internado para a identificação do problema que o levou ao hospital.

Foram feitos dois exames de sangue no paciente, um no dia em que o ministério foi avisado da suspeita e outro 48 horas depois. É o procedimento indicado pela Organização Mundial da Saúde para confirmação ou descarte de um caso da doença.

A Guiné é um dos países da África Ocidental onde há uma epidemia de ebola. No país, pelo menos 1.350 pessoas foram contaminadas e 778 morreram com a febre hemorrágica, desde o começo do ano.

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