Estado recebe pelo menos 15 denúncias sobre creches irregulares por ano
Pelo menos quinze registros de agressão a crianças e funcionamento de creches irregulares, chegam até o governo do Espírito Santo todos os anos
Um caso de maus tratos em creche foi denunciado por pais de uma criança nesta quinta-feira (2), no bairro Jardim Marilândia, em Vila Velha. A criança, de um ano e dez meses teria marcas de mordidas que teriam sido causadas por um colega da creche. Pelo menos quinze registros como este, chegam até o governo estadual todos os anos.
O pai da criança afirma que ela mudou de comportamento e ficou agressiva. “Ninguém acredita porque todo mundo sabe que minha filha é alegre, brincalhona e nunca deu problema nenhum”, conta o pai da criança Rogério Henrique.
A creche é particular e fica no bairro Jardim Marilândia, Vila Velha. O bebê ficava em período integral e o valor da mensalidade era de R$ 270.
Por meio de nota, a prefeitura informou que a creche de não possui autorização para funcionar. Profissionais que trabalham no local não quiseram gravar entrevista com a equipe de reportagem da TV Vitória, mas disseram que já entraram com o processo de para conseguir liberação. Conforme funcionárias alegaram, a menina que sofreu mordidas estava com mais sete crianças. As funcionárias não teriam visto a agressão porque a menina não tinha chorado.
Responsáveis pela creche disseram ainda que crianças da mesma faixa etária estavam juntas no dia do ocorrido. O presidente do conselho estadual de educação, Artelírio Bolsanello, explica que dos 78 municípios capixabas, apenas 27 possuem conselhos municipais de educação, que são os órgãos responsáveis pela fiscalização das creches. Por ano, o Estado recebe cerca de 15 denúncias de estabelecimentos funcionando de maneira irregular.
Os pais da criança agredida registraram um boletim de ocorrência e a menina passou por um exame de corpo e delito, indicou o ferimento no nariz causado por uma mordida.
A prefeitura de Vila Velha informou que a investigação de creches clandestinas acontece quando há uma denúncia na ouvidoria. A prefeitura orienta que os pais registrem denúncia.
