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Haddad: Prefeitura entregará 55% das obras antienchentes

Redação Folha Vitória

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que a administração municipal deve concluir apenas 55% das obras do Programa de Redução de Alagamentos (PRA) que estavam previstas para este ano. As obras estão incluídas na Operação Chuvas de Verão, o plano de ação da Prefeitura para o período de chuvas em 2015, apresentado nesta sexta-feira, 14.

Conforme publicou o jornal Folha de S.Paulo, a Prefeitura entregou, até o momento, só 27 das 79 obras de microdrenagem voltadas para o combate aos alagamentos, prometidas para 2014. "Em até 40 dias, devemos entregar mais 16 obras", afirmou Haddad.

Do total de obras previstas, 18 também foram descartadas pela gestão Haddad por inviabilidade técnica ou financeira. O prefeito, no entanto, minimizou a questão destacando como mais importantes as obras de macrodrenagem nos córregos Água Preta e Sumaré, na zona oeste da capital paulista, e Ponte Baixa e Cordeiro, na zona sul.

"Do ponto de vista do custo benefício não tem o que discutir, principalmente pensando na questão da segurança das pessoas e dos bens", afirmou Haddad. "Só o Cordeiro é o PRA inteiro somado, tanto em investimento quanto em drenagem", disse. Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), as obras do córrego Cordeiro estão orçadas em R$ 177 milhões, enquanto o PRA deve custar, ao todo, R$ 133 milhões.

Chuvas de verão

Para evitar alagamentos na cidade, a principal aposta da administração Haddad são as três grandes obras em córregos da zona oeste e zona sul. Segundo o prefeito, embora as obras no córrego Ponte Baixa ainda estejam em andamento, a drenagem está "100% funcional".

Dois dos sete reservatórios do córrego Cordeiro também devem auxiliar no combate às enchentes na zona sul já no próximo verão. Os dois reservatórios estão com 60% e 70% da fase de escavação concluída e, por isso, já poderiam atuar na contenção de alagamentos, segundo informa a Siurb.

A Prefeitura conta, ainda, com alguns canais nos córregos Água Preta e Sumaré já em condições de operar. Essas obras pretendem prevenir alagamentos na região da Pompeia, na zona oeste, a partir da retenção de água das chuvas e do aumento em cinco vezes da vazão dos córregos. Neste ano, essas três obras custaram R$ 367 milhões aos cofres municipais, informa a Siurb. Segundo o secretário de Infraestrutura Urbana e Obras, Roberto Garibe, todas têm conclusão prevista para o final de 2015.

A partir do pacote de investimentos em drenagem, que leva em conta outras obras ainda em processo de licitação ou de projeto, a Prefeitura promete aumentar em 52% a capacidade de armazenamento de água na cidade. Segundo a Siurb, a infraestrutura atual é capaz de reter até 4,7 milhões de metros cúbicos, número que passaria para 7,2 milhões após a conclusão de canalização de córregos e piscinões.

Aplicativo

A Prefeitura também anunciou a criação do aplicativo "Aqui Alaga!", para informar sobre previsão de chuvas e pontos de alagamentos. Em casos de estado de alerta na cidade, o usuário também seria notificado. A iniciativa é da Secretaria Municipal de Transportes.

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