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Protesto contra racismo fecha a avenida Fernando Ferrari, em Vitória

Os universitários protestaram contra as declarações supostamente racistas, e que teriam sido feitas por um professor de economia, na última segunda-feira (03)

Os estudantes interditaram os dois sentidos da avenida Fernando Ferrari Foto: Jéfica Teixeira

Estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) interditaram os dois sentidos da avenida Fernando Ferrari, na tarde desta quarta-feira (05), em Vitória.

A manifestação teve início dentro da universidade. Por volta das 17h30, os alunos decidiram fechar as pistas. A interdição durou cerca de 10 minutos. Segundo a Central de Videomonitoramento de Vitória, o policiamento foi reforçado na região.

Os universitários protestaram contra as declarações supostamente racistas, e que teriam sido feitas pelo professor de economia, Manoela Luiz Malaguti, durante aula na turma de Ciências Sociais, na última segunda-feira (03).

Em diversas áreas da universidade foram espalhados cartazes com frases que teriam sido ditas pelo professor.

Em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira, o reitor da Ufes informou que o professor já foi afastado da turma na qual a confusão foi registrada.

O caso

Na última segunda-feira (03), um professor do Departamento de Economia da Ufes gerou polêmica ao fazer comentários de cunho supostamente racistas durante uma das suas aulas.

De acordo com os relatos de alunos do curso de Ciências Sociais, o professor dirigiu-se aos universitários cotistas, dizendo que “detestaria ser atendido por um médico negro ou advogado negro” e que o nível intelectual da Ufes reduziu-se com a presença de negros cotistas. 

Além disso, segundo testemunhas, o professor declarou que tem dificuldades em adaptar sua linguagem culta para explicar os conteúdos a uma “turma incapaz”, onde há alunos cotistas.

Nas redes sociais, alunos, advogados e até outros funcionários da Universidade se mostraram contrários às declarações do docente. Porém, houve quem defendesse o professor. 

Na terça-feira (04), o desembargador Willian Silva ofereceu representação criminal ao Ministério Público Federal contra o professor.

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