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Volta antecipada não foi motivada por crítica, diz Putin

Redação Folha Vitória

Brisbane, 16 - O presidente russo, Vladimir Putin, deixou mais cedo o encontro de cúpula das 20 maiores economias do mundo, o G-20, mas negou que a decisão tenha sido motivada por críticas de líderes mundiais à intervenção da Rússia na Ucrânia.

Putin deixou a cidade de Brisbane, na Austrália, no domingo à tarde (horário local), pouco antes de o presidente norte-americano, Barack Obama, e outros líderes do G-20 iniciarem discussões sobre a situação na Ucrânia. A Rússia apoia rebeldes separatistas no leste do país e, em março, anexou a península da Crimeia. Em julho, um avião da Malaysia Airlines foi abatido quando sobrevoava uma área controlada pelos rebeldes no leste da Ucrânia.

O presidente russo disse que voltou para casa mais cedo para descansar. "Na segunda-feira, preciso trabalhar. Espero ter quatro ou cinco horas para dormir,", disse Putin em entrevista coletiva pouco antes de viajar. "Disse isso para Tony (Abbott, primeiro-ministro australiano) e ele foi bastante compreensivo. Então, não pensei duas vezes."

Segundo jornais australianos, Putin estava considerando desde o dia anterior antecipar sua volta a Moscou, após ser tratado com frieza por outros líderes mundiais. O gabinete de Tony Abbott, no entanto, disse que a volta antecipada já estava programada.

Estados Unidos, Japão e Austrália emitiram comunicado condenando a Rússia por suas ações na Ucrânia. O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, reagiu duramente quando Putin estendeu a mão para cumprimentá-lo. "Vou apertar sua mão, mas tenho apenas uma coisa a dizer: você precisa sair da Ucrânia."

Obama acusou Putin de não cumprir o acordo de cessar-fogo assinado entre rebeldes separatistas e a Ucrânia em setembro. Apesar da afirmação, o presidente dos EUA não apresentou novos planos a respeito de um possível endurecimento das sanções contra a Rússia. Obama fez os comentários pouco depois de se reunir com o presidente da França, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, além de líderes de Itália, Espanha e representantes da União Europeia. Fonte: Associated Press.

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