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Com altas temperaturas, Grande Vitória sofre com níveis extremos de raios ultravioleta

Em grande parte do mês de janeiro, com escala que vai de 1 a 16, o Espírito Santo registrou nos últimos dias o nível 13, considerado “muito elevado” pelos meteorologistas

Com o forte calor que atinge o Espírito Santo neste verão, agravado pelo longo período de estiagem que o Estado sofre, com mais de 30 dias sem chuvas em grande parte dos municípios capixabas, e as temperaturas ultrapassando os 40º C, o capixaba precisa ficar de olho em outro fator que pode prejudicar a saúde: a incidência dos raios ultravioletas.

A praia de Camburi é uma das mais frequentadas por quem pratica atividades físicas Foto: Divulgação/Governo

Em grande parte do mês de janeiro, o Estado acompanha a incidência de raios UV da maioria da região Sudeste do país. Em uma escala que varia de 1 a 16, o Espírito Santo registrou nos últimos dias o nível 13, considerado “muito elevado", pelos especialistas.

De acordo com a meteorologista do Instituto Climatempo, Daniele Lima, os horários mais críticos são justamente os de maior incidência solar. “Pode-se considerar os horários com maior incidência de raios UV, entre 11 horas e 15 horas. Nesse horário, geralmente, que a radiação alcança seu ápice. No Espírito Santo, o nível tem chegado a 13”, afirma.

O nível 13, de incidência de raios ultravioletas é considerado elevado. Mas o Espírito Santo, assim como o estado do Rio de Janeiro, por exemplo, registra dias em que os raios chegam ao nível máximo, considerado “extremo”. Nestes dias, é recomendado o uso do filtro solar com FPS, no mínimo, de fator 50.

E quem não se cuida pode – literalmente – sentir na pele os efeitos dos raios, que são nocivos à saúde. De acordo com a dermatologista Kátia Ventura, a exposição aos raios UV, de forma prolongada pode causar até a ocorrência de tumores malignos.

“A exposição à radiação UV tem efeito cumulativo e penetra profundamente na pele, sendo capaz de provocar diversas alterações, como o surgimento de sardas, manchas e envelhecimento precoce. A exposição solar em excesso também pode causar tumores malignos, como o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma”, afirma.

O mapa do instituto CPTEC/INPE revela como boa parte do país tem altos índices UV Foto: Reprodução/CPTEC/INPE

E quem tem a pele clara, deve ter cuidados redobrados: “Pessoas de pele clara e olhos claros e cabelos ruivos são mais suscetíveis à radiação UV e devem ter atenção especial. Quem possui antecedentes familiares com histórico de câncer da pele, queimaduras solares, incapacidade para bronzear e pintas, também devem ter atenção e cuidados redobrados”, completa Kátia.

Para a dermatologista, os capixabas não se preocupam com os raios ultravioletas como deveriam. “A maioria dos capixabas, infelizmente, ainda se expõe ao sol de forma excessiva e sem proteção adequada, na minha opinião”, conclui.

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O que eles fazem...

“Tento me proteger usando bastante protetor solar, no rosto, em todo o corpo, inclusive nas partes que estão cobertas pelas roupas. Uso viseira, mas não tem pra onde fugir, o sol realmente está muito forte. Às vezes ainda levo uma garrafinha de água para ir molhando o corpo, numa tentativa de mantê-lo resfriado”, Bárbara Varnier, 21 anos, estudante universitária que pratica corrida.

“Durante as minhas atividades uso protetor solar e camisa de lycra. Costumo usar um protetor mais forte, de proteção 50 ou 60. Uso uma camisa de lycra, mais leve e, dependendo da atividade física, também complemento com um boné”, Paulo Rangel, 24 anos, instrutor de Stand Up Paddle.

“Não restrinjo meus cuidados com a pele quando saio à rua. Com o calor e sol forte, também utilizo o filtro solar dentro de casa porque a própria luz artificial, juntamente com o ambiente quente, prejudica a pele. Não pode se descuidar do sol, que está muito forte neste verão”, Izaura Pinho, 42 anos, funcionária pública, faz várias caminhadas sob o sol para ir trabalhar e outros afazeres.

Curta o sol sem prejudicar a pele

Mesmo com o tempo nublado, se proteger dos raios ultravioletas nunca é demais Foto: Divulgação/Internet

>> Na hora de escolher o protetor para a prática esportiva a indicação é optar pelos com fator de proteção mais alto, como 50 e 60, e que sejam à prova de água.

>> O protetor solar – mesmo em dias nublados – deve ser reaplicado a cada duas horas e em todas as partes do corpo, inclusive as orelhas. Além disso, também é aconselhável o uso de boné e roupas leves, mas com mangas longas que protegem mais o corpo da exposição solar

>> Se você acabou andando muito no sol e se queimou, o ideal é fazer compressas frias com chá de camomila ou água mineral. A água thermal na versão aerosol também é indicada.

>> Cada tipo de pele merece um cuidado específico, por isso, consulte sempre um dermatologista.

Fonte: Dermatologista Annia Cordeiro Lourenço

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