Angústia toma conta de parentes em busca de sobreviventes da explosão em plataforma no ES
No porto, vans e ambulâncias foram acompanhadas por carros de parentes que chegaram ao local. Familiares de sobreviventes ficaram angustiados
Depois da explosão do navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, localizado em Aracruz, e que presta serviços para a Petrobras, no litoral Norte do Espírito Santo, a movimentação na entrada do porto para onde os sobreviventes foram levados foi intensa. Com cinco mortes confirmadas, 18 feridos e quatro pessoas desaparecidas, familiares e amigos das vítimas procuraram durante toda noite por informações.
No porto, vans e ambulâncias foram acompanhadas por carros de parentes que chegaram ao local. Maria Helena Donateli, mãe de um dos integrantes que compunham a embarcação, tinha a expectativa de encontrar o filho.
Durante a tarde da última quarta-feira (11), dia do acidente, o rapaz usou o celular de um dos socorristas e mandou uma mensagem de texto para a esposa afirmando que estava retornando para Vitória, e que não havia se ferido. “ Ele disse na mensagem que estava tudo bem. Ele nasceu de novo”, afirmou.
Assim como Maria Helena, Bárbara Bermudês aguardava a chegada do namorado. Segundo a estudante, ele embarcou no navio na manhã do acidente. “Foi angustiante. Um susto muito grande. Você fica sem informações. Eu ligava e o telefone estava mudo. Fiquei muito preocupada”, desabafou.
Ao total, 33 sobreviventes do acidente com o navio Cidade São Mateus foram trazidos para o Porto de Capuaba, em Vila Velha. Do local, os sobreviventes foram levados para um hotel na capital, onde passaram por uma triagem.
No hotel, os sobreviventes entraram pelos fundos e foram recebidos pelos parentes no saguão do estabelecimento. Os funcionários dormiram no hotel e, na manhã desta quinta-feira (12), irão se reunir com representantes da empresa.
No local de socorro, oito pessoas precisaram de atendimento médico e foram levadas de ambulâncias para hospitais da Grande Vitória.
Explosão
A explosão aconteceu no começo da tarde, da última quarta-feira (11), e foi provocada por um vazamento de gás na casa de bombas. O navio está a 120 quilômetros do litoral de Aracruz. Ele é operado por uma empresa que presta serviço à Petrobras, com capacidade de produzir dois milhões e 200 mil m² de gás por dia. Segundo informações da empresa, havia 74 pessoas a bordo.
