Antes de derrubar avião, copiloto debochou da checagem dos procedimentos de pouso

A imprensa europeia divulgou novas informações sobre o avião da Germawings que caiu na última terça-feira (24). Nas gravações encontradas na caixa-preta, é possível escutar o copiloto Andreas Lubitz respondendo de maneira cínica às checagens do piloto Patrick Sondenheimer.

Lubitz dizia palavras como "tomara" e "veremos" enquanto o colega de voo conferia os equipamentos de pouso da aeronave. As palavras do copiloto foram ditas pouco antes dele encorajar Sondenheimer a ir ao banheiro, para que pudesse assumir o controle do voo. Ao voltar do banheiro, o piloto grita "Abra a porcaria da porta!" e tenta desesperadamente voltar à cabine do comando. 

A gravação começa com o Sondenheimer se desculpando por um atraso de 26 minutos na decolagem do voo, e prometendo compensar a demora no trajeto até Düsseldorf. Na conversa com Lubitz, o piloto explica que não teve tempo de ir ao banheiro antes de deixarem a Espanha. Nesse momento, o copiloto diz ao colega que ele pode ir “quando quiser”.

Depois de completarem a checagem do equipamento, Lubitz diz novamente a Sondenheimer “Você pode ir agora”. Dois minutos depois, o piloto aceita a oferta e diz “Você pode assumir”. É quando se ouve o barulho de uma cadeira sendo empurrada até a porta da cabine.

Logo depois, há o som de batidas na porta, seguidas por um som “alto e metálico”, que se acredita ser de uma alavanca usada pelo piloto para tentar abrir a porta e voltar à cabine. Sondenheimer grita “Solo! Levante! Levante!”. Às 10h40 uma das asas do avião bate na montanha, e o som final é dos passageiros gritando.

Outra novidade no caso é a possibilidade de que a namorada de Lubitz esteja grávida dele, ou que tenha passado por uma gestação recentemente e possivelmente perdido o bebê. Kathrin e Andreas Lubitz planejavam se casar no ano que vem. A professora viajou até o local da queda do avião, e só lá ficou sabendo que o copiloto foi o responsável pela tragédia.

O casal se conheceu na adolescência, enquanto trabalhavam em uma lanchonete na cidade alemã de Montabaur. Os dois dividiam um apartamento em Düsseldorf, onde foram encontrados “uma montanha de remédios antidepressivos” e atestados que comprovam que Lubitz passava por tratamento psicológico.

Kathrin Goldbach, de 27 anos, com quem o copiloto manteve uma relação de sete anos, é professora de matemática e teria dito aos seus alunos que “seria mãe em breve”.

Com informações do R7.