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E agora, Dilma? Manifestações contra o Governo tomam conta do Brasil

O maior número de pessoas foi registrado na avenida Paulista, em São Pualo, onde a Polícia Militar estima que passaram cerca de 1 milhão de pessoas

Centenas de milhares de pessoas protestavam nas ruas de diversas cidades do país, neste domingo (15), em manifestações convocadas contra o governo da presidente Dilma Rousseff. De acordo com números da Polícia Militar, mais de 1,4 milhão de pessoas, em 24 capitais e no DF. A maior manifestação aconteceu na avenida Paulista. A via reuniu, segundo a PM, 1 milhão de pessoas. 

O protesto aconteceu em pelo menos 150 cidades no País e no exterior. Vestidos com as cores da bandeira brasileira, os manifestantes que foram às ruas reclamam principalmente da corrupção, em meio ao escândalo na Petrobras investigado pela operação Lava Jato, e dos problemas econômicos enfrentados pelo país.  

Os protestos têm mantido um caráter pacífico, ao contrário das manifestações ocorridas em junho de 2013, ocasião em que foram registrados atos de vandalismo e confrontos entre policiais e manifestantes.

Mas, no dia em que o Brasil completou 30 anos do fim da ditadura, centenas de manifestantes pediram a volta dos militares ao poder. Muitos deles levaram cartazes e até carros de som, gritando pela intervenção militar. 

As manifestações deste domingo foram convocadas pelas redes sociais. A maioria dos grupos organizadores defende o impeachment da presidente, usando como argumentos uma suposta corrupção no governo do PT, o escândalo da Petrobras e os altos custos com impostos e tarifas, entre outras reclamações.

“O povo está se sentindo traído", disse na capital paulista o publicitário Diogo Ortiz, de 32 anos, referindo-se à Petrobras como “vergonha nacional e internacional”.

“Eu quero impeachment mesmo”, acrescentou, mesmo admitindo que as chances são pequenas e que este domingo pode se tornar um evento isolado sem resultados efetivos.

A chuva que caia em alguns pontos da Avenida Paulista parecia insuficiente para dispersar as pessoas, muitas delas munidas de cartazes com dizeres contra a presidente e contra seu partido, o PT. Segundo estimativa da Polícia Militar, 1 milhão de pessoas estavam na Paulista e adjacências.

Em Brasília, cerca de 45 mil pessoas se concentraram na Esplanada dos Ministérios e em frente ao Congresso Nacional, que chegou a ter seu espelho d´água invadido por alguns manifestantes, segundo informações da Polícia Militar, que mobilizou um efetivo de 1,6 mil homens neste domingo.

Na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, mais de 15 mil pessoas se aglomeraram para protestar, segundo a PM, enquanto organizadores estimaram o número de manifestantes em 30 mil.

“O brasileiro tem que se manifestar realmente e não pode se calar diante desses escândalos e roubalheira que vemos no Brasil”, disse a comerciária Márcia Santos, que vestia uma camisa verde-amarela. Muitos manifestantes carregavam faixas contra o governo e o PT.

Os protestos têm mantido um caráter pacífico, ao contrário das manifestações ocorridas em junho de 2013, ocasião em que foram registrados atos de vandalismo e confrontos entre policiais e manifestantes.

Mas, no dia em que o Brasil completou 30 anos do fim da ditadura, centenas de manifestantes pediram a volta dos militares ao poder. Muitos deles levaram cartazes e até carros de som, gritando pela intervenção militar. 

As manifestações deste domingo foram convocadas pelas redes sociais. A maioria dos grupos organizadores defende o impeachment da presidente, usando como argumentos uma suposta corrupção no governo do PT, o escândalo da Petrobras e os altos custos com impostos e tarifas, entre outras reclamações.

“O povo está se sentindo traído", disse na capital paulista o publicitário Diogo Ortiz, de 32 anos, referindo-se à Petrobras como “vergonha nacional e internacional”.

“Eu quero impeachment mesmo”, acrescentou, mesmo admitindo que as chances são pequenas e que este domingo pode se tornar um evento isolado sem resultados efetivos.

A chuva que caia em alguns pontos da Avenida Paulista parecia insuficiente para dispersar as pessoas, muitas delas munidas de cartazes com dizeres contra a presidente e contra seu partido, o PT. Segundo estimativa da Polícia Militar, 1 milhão de pessoas estavam na Paulista e adjacências.

Em Brasília, cerca de 45 mil pessoas se concentraram na Esplanada dos Ministérios e em frente ao Congresso Nacional, que chegou a ter seu espelho d´água invadido por alguns manifestantes, segundo informações da Polícia Militar, que mobilizou um efetivo de 1,6 mil homens neste domingo.

Na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, mais de 15 mil pessoas se aglomeraram para protestar, segundo a PM, enquanto organizadores estimaram o número de manifestantes em 30 mil.

“O brasileiro tem que se manifestar realmente e não pode se calar diante desses escândalos e roubalheira que vemos no Brasil”, disse a comerciária Márcia Santos, que vestia uma camisa verde-amarela. Muitos manifestantes carregavam faixas contra o governo e o PT.

Em Belo Horizonte, 24 mil pessoas saíram de casa em Belo Horizonte protestar conntra o governo. O ponto de encontro neste domingo (15) na capital mineira foi a praça da Liberdade, símbolo da região centro-sul da cidade e antiga sede do governo de Minas. Segundo a Polícia Militar, não houve registro de ocorrências graves.

A concentração pró-impeachment e anti-PT começou por volta das 9h30, com a presença de 4.000 pessoas. Ao meio-dia, a praça estava tomada por participantes, que começaram a se dispersar no início da tarde. Parte do movimento foi em direção à praça da Savassi, área nobre de BH, enquanto alguns manifestantes seguiram para a praça Sete, no centro.

No exterior houve manifestações em Londres, Nova York, Losboa, Sydney e Miami, entre outras cidades. O de Bova York reuniu ao menos 100 pessoas.

Cerca de 1 milhão protestam em São Paulo contra o governo, diz PM

Um protesto contra o governo organizado pelas redes sociais reuniu cerca de 1 milhão de pessoas na avenida Paulista, região central de São Paulo, na tarde deste domingo (15). A estimativa foi divulgada pela Polícia Militar às 15h40. Três grupos são responsáveis pela organização do ato, MBL (Movimento Brasil Livre), Revoltados Online e VemPraRua. Embora o impeachment não estivesse na pauta do maior deles, o VemPraRua, grande parte dos manifestantes pedia o fim do governo petista. "Fora Dilma" e "Fora Lula" eram as frases mais gritadas no ato.

A concentração, marcada para as 14h, começou por volta das 10h. No horário marcado, os manifestantes já ocupavam um dos lados da via. Um carro de som foi estacionado na esquina entre a avenida Paulista e a rua Pamplona. De lá, as lideranças pediram uma salva de palmas para o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que estava acompanhado de sua esposa.

Em seguida, os líderes puxaram um coro afirmando que a manifestação é "suprapartidária" e deram início a gritos de "PT roubou" e "eu vim pra rua para protestar contra essa corja que não para de roubar". Por volta das 16h50, 20 pessoas do grupo "Carecas do Subúrbio" foram detidas porque portavam fogos de artifício, de acordo com a Polícia Militar. Eles estão sendo levados ao 2º Distrito Policial.

Manifestação contra Dilma reuniu 24 mil pessoas na praça da Liberdade, em BH

No dia em que o Brasil completou 30 anos do fim da ditadura, 24 mil pessoas saíram de casa em Belo Horizonte para pedir a deposição da presente Dilma Rousseff. O ponto de encontro neste domingo (15) na capital mineira foi a praça da Liberdade, símbolo da região centro-sul da cidade e antiga sede do governo de Minas. Segundo a Polícia Militar, não houve registro de ocorrências graves.

A concentração pró-impeachment e anti-PT começou por volta das 9h30, com a presença de 4.000 pessoas. Ao meio-dia, a praça estava tomada por participantes, que começaram a se dispersar no início da tarde. Parte do movimento foi em direção à praça da Savassi, área nobre de BH, enquanto alguns manifestantes seguiram para a praça Sete, no centro.

Com apitos, panelas, faixas, cartazes e vestidos em maioria com a camisa da Seleção Brasileira, o grupo gritava palavras de ordem "contra a roubalheira" e pedia "salva de palmas para a PM''. Dois carros de som comandam o movimento.

Em um deles, o assistente jurídico Renato Correia, de 36 anos, usava um microfone para "ajudar a coordenar" e manter o tom "pacífico" da manifestação.

— A gente está cobrando responsabilização dos investigados da Operação Lava Jato e transparência dos recursos.

O participante diz que o impeachment "deve ser estudado", pois, segundo ele, a presidente sabia do que acontecia na Petrobras. O assistente acredita que o mandato de Michel Temer (PMDB), que assumiria o cargo, seria "temporário".

— Ele não é melhor nem pior. Entraria temporariamente para convocar novas eleições.

O ato foi convocado pelos movimentos Vem Pra Rua, Brava Gente, Patriotas e Revoltados Online. Os grupos garantem que são apartidários e que não aceitam propostas de golpe militar, mas receberam o aval de partidos de oposição, como o PSDB, DEM e Solidariedade para irem às ruas.

Ainda assim, diversos manifestantes mostravam adesivos do senador Aécio Neves, usado durante a campanha presidencial, e outro criado especialmente para o evento, com a frase "Não vamos nos dispersar", dita tanto por Tancredo Neves como pelo ex-governador de Minas. Faixas pedindo "intervenção militar" também fizeram parte do protesto.

Contra Dilma e contra o impeachment

Com bandeiras menos "radicais" o Vem Pra Rua destaca em seu manifesto na internet que é contra o impeachment porque não há fato jurídico que o justifique. A neurocientista Carla Girodo, que integra o Vem Pra Rua e o Revoltados Online, afirma que não se pode "combater uma ditadura, entre aspas, bolivariana, defendendo outro regime autocrático".

— Nossa bandeira é a democracia, a ética na política, o Estado eficiente e desinchado e redução da carga tributária. O Brasil tem tudo para ser uma potência mas está sendo uma "impotência". Um exemplo de lugar que vemos como deu certo é a Alemanha, que vive a liberdade econômica, estimula o empreendedorismo e permite a geração de riqueza.

Em Copacabana, abaixo-assinado por impeachment, vaia a Bolsonaro e distribuição de coxinhas

A manifestação contra o governo Dilma Rousseff na orla de Copacabana, zona sul do Rio, reuniu milhares de pessoas e foi marcada por pedidos de impeachment e de basta à corrupção. O MBL (Movimento Brasil Livre) recolheu assinaturas para protocolar o pedido de impeachment. O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi assediado e também vaiado ao ser impedido de discursar.

Os manifestantes caminharam do posto 5 até o Hotel Copacabana Palace, onde, por volta das 12h30, o ato se dispersou. O protesto foi pacífico. A Polícia Militar, que mobilizou 800 policiais para reforçar a segurança, não estimou o total de manifestantes. O MBL, um dos organizadores do ato, falou, ao final do protesto, que 100 mil pessoas participaram do ato, mas esse número parece superestimado.

Apesar das críticas ao governo, o bom humor também deu as caras. O manifestante Vander Moreira distribuiu coxinhas em alusão ao apelido porque, segundo ele, "o PT pensa que somos todos coxinhas".

Já o humorista Marcelo Madureira fez um discurso duro contra o governo petista. 

— Aqui não tem golpista. Somos democratas e não temos medo do PT e nem do petismo.

Vaia a Bolsonaro e pedido de intervenção militar

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), um dos parlamentares mais votados no Estado do Rio de Janeiro, foi vaiado e impedido de discursar ao ser chamado para assumir o microfone em um dos carros de som. Ao perceber a vaia, um integrante do Movimento Brasil Livre, um dos organizadores do ato, perguntou no microfone se os manifestantes queriam o discurso do Bolsonaro e a resposta foi negativa. 

Para desfazer a saia justa, outro manifestante afirmou, ao microfone, que o protesto é apartidário. O deputado não subiu no carro de som. Apesar da vaia, também houve quem apaludisse Bolsonaro. Mais cedo, o parlamentar distribuiu autógrafos na orla carioca e ouviu de alguns manifestantes que deveria concorrer à Presidência da República.

Os manifestantes, que cantaram o Hino Nacional, adotaram camisetas verde-amarelas e bandeiras do Brasil. Houve ainda quem empunhasse cartazes pedindo uma intervenção militar. Um cartaz escrito em inglês pedia que as Forças Armadas livrasse o País do comunismo mais uma vez.

O general reformado do Exército Arghenta Kap, que também participou da manifestação, pede uma nova eleição.

— Queremos uma nova eleição, que as Forças Armadas assumam o poder e marquem uma Constituinte daqui a 12 meses. Precisamos de ordem.

Paulo Roberto de Souza diz que sua motivação para participar foi se posicionar “contra essa corrupção”.

— Não vivemos em uma democracia e sim em uma ditadura bolivariana do PT. Temos que mudar tudo. Cumprimos a lei pagando nossos impostos. É muita revolta.

Após falar com jornalistas, o manifestante apagou seu cigarro e jogou a bituca no chão, recusando-se a colocá-la no lixo quando questionado pelo repórter. No Rio de Janeiro, há uma lei municipal que multa quem joga lixo nas ruas.

Além do Rio de Janeiro, os protestos, convocados pelas redes sociais, reuniram manifestantes em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Porto Alegre, Goiânia, Palmas, São Luiz, Goiânia, Vitória, Florianópolis, Manaus, Belém, Cuiabá e Curitiba, entre outras capitais.

Cerca de 30 mil manifestantes caminham para o Parque da Redenção em Porto Alegre

Os manifestantes reunidos na capital gaúcha para protestar contra o PT e o governo da presidente Dilma Rousseff saíram por volta das 15h30 do parque Moinhos de Vento, depois de cantarem o hino nacional, começaram uma caminhada até o parque da Redenção, num percurso de cerca de 3 quilômetros.

O público é estimado em 30 mil pessoas pela Brigada Militar e de 50 mil pelos organizadores, do Movimento Brasil Livre. Entre os participantes há pessoas de todas as idades, desde crianças a idosos. Quase todos vestem verde e amarelo, e muitos carregam bandeiras do Rio Grande do Sul e do Brasil.

Na linha de frente do grupo, manifestantes carregam uma grande faixa dizendo "fora Dilma". A todo instante entoam gritos como "esse País não é do PT, é de todos os brasileiros", "um, dois, três, Lula no xadrez" e "esta manifestação não é de nenhum partido, é de todos os brasileiros".

No carro de som que acompanha o cortejo, os organizadores, afirmaram que o ato não apoia uma intervenção militar. No meio dos manifestantes, no entanto, é possível encontrar uma minoria com cartazes que diziam "S.O.S forças armadas" e "intervenção militar já".

No trajeto entre um parque e outro, os manifestantes recebem apoio de inúmeros moradores que acompanham a passeata das janelas de prédios. Num trecho, os participantes pararam para vaiar dois moradores que tinham uma bandeira vermelha pendurada na janela.

Em todo o percurso o grupo é seguido de perto por um grande contingente da Brigada Militar, mas por enquanto toda a manifestação é pacífica.

Também há marchas em andamento no interior do RS, em cidades como Caxias do Sul e Santa Maria.

Ato em Recife tem hino das Forças Armadas e defensores da ditadura

Ao som de hinos das Forças Armadas e de paródia da famosa música de Geraldo Vandré, Para não dizer que não falei de flores, defensores de uma intervenção militar fizeram, neste domingo, 15, caminhada na Avenida Boa Viagem, no mesmo local onde 8 mil pessoas se manifestaram pela manhã contra o governo Dilma.

De acordo com os organizadores, do grupo Direita Pernambuco, mil pessoas participaram do protesto. Para a PM, são cerca de 300.

Gravações do deputado federal Jair Bolsonaro sobre intervenção também foram divulgadas, através de carro de som. Leandro Quirino, integrante do movimento, defende a intervenção por entender que o governo do PT "rouba e quebra o Estado".

Com um cartaz pedindo intervenção já, Carlos Fernandes, militar da Aeronáutica, lembrou que uma intervenção só se dará com o clamor popular. A paródia da famosa canção de Vandré dizia "saqueando e roubando, Dilma vai embora que o Brasil não quer você e leve o Lula junto".

A enfermeira Terezinha Rocha, 50, trabalhou pela manhã e foi expressar sua insatisfação no evento da tarde. Mesmo contra a intervenção militar, colocou um nariz de palhaço e pegou uma bandeira do Brasil e foi para a rua. Disse ser momento de unir todas as forças que querem o "Fora Dilma".

Em Belém, PM estima que 7 mil participaram da manifestação contra o governo

A Polícia Militar estima que cerca de 7 mil pessoas participaram da manifestação contra o governo da presidente Dilma Rousseff neste domingo (15), em Belém (PA). O número é bem menor do que os cerca de 60 mil estimados por manifestantes à frente do ato. Na capital paraense, o protesto se concentrou na Avenida Doca de Souza Franco, famoso destino de festas e comemorações na capital paraense. A dispersão começou por volta das 11h.

Sindicatos dos médicos, dos enfermeiros e do transporte alternativo, a associação de emancipação de municípios e participantes da ordem da maçonaria foram algumas das instituições que participaram da manifestação.

Com informações e fotos do Portal R7 e do Estadão Conteúdo.

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