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Bombas de efeito moral e confronto entre policiais e manifestantes na Ilha do Príncipe, em Vitória

O objetivo da PM era cumprir uma decisão judicial que impede a interdição das principais ruas e avenidas que dão acesso à capital capixaba

Policiais da Rotam tentam liberar o trânsito nas proximidades da Cinco Pontes, na Ilha do Príncipe Foto: Alexandre Kapiche

Policiais e manifestantes entraram em confronto, por volta das 6h30 desta quarta-feira (15), na Ilha do Príncipe, durante o protesto realizado por sindicalistas nas proximidades da Rodoviária de Vitória. Com bombas de efeito moral e balas de borracha, os militares tentaram cumprir a liminar concedida pela Justiça, na noite de terça-feira (14), que proíbe os sindicatos de fecharem os acessos à capital capixaba. Por outro lado, os manifestantes revidaram a ação da polícia com pedras e pedaços de madeira. Confira a galeria de fotos do protesto na Grande Vitória.

Muitos moradores e passageiros de ônibus que passavam pelo local acompanharam o confronto e sentiram os efeitos das bombas de efeito moral. 

Justiça proíbe interdição de vias

De acordo com a juíza Ana Cláudia Rodrigues de Faria Soares, “não houve qualquer comunicação prévia às autoridades estaduais quanto à realização do evento, muito menos comunicação à sociedade, o que impede o Poder Público de organizar o trânsito nas ruas e avenidas que serão afetadas e bloqueadas pelo movimento, situação que causará verdadeiro caos na Grande Vitória, prejudicando a massa populacional que circula diariamente nas vias públicas”.

A liminar determina multa diária de R$ 200 mil em caso de descumprimento da decisão judicial.

A paralisação no Espírito Santo é apoiada por sindicatos ligados à CUT, movimentos sociais como Movimentos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento Sem Terra (MST), Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), Comissão da Verdade, Fórum Campo e Cidade. "Nossa intenção é que todo trabalhador diga não à PL 4330, é uma volta ao trabalho escravo", declarou a presidente da CUT – ES.

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