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Mulher cai em UPA, tem morte cerebral e família acusa hospital de negligência na Serra

Luciene Alves, de 32 anos, chegou na UPA, na última quinta-feira (16), com fortes dores abdominais. A mulher sofria de cirrose, anemia aguda e diabete, em decorrência do alcoolismo

Luciene Alves, de 32 anos, chegou na UPA, na última quinta-feira (16), com fortes dores abdominais Foto: TV Vitória

Uma mulher, de 32 anos, caiu dentro da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Carapina, na Serra. A mulher precisou ser transferida com urgência para o Hospital Jayme Santos Neves. A família acusa funcionários de negligência.

Luciene Alves, de 32 anos, chegou na UPA, na última quinta-feira (16), com fortes dores abdominais. A mulher sofria de cirrose, anemia aguda e diabete, em decorrência do alcoolismo.

Dreidiane ficou inconformada com o que aconteceu com a irmã. “Isso não tem explicação. Minha irmã sai de casa bem, chega aqui, vai para o Jayme e ela está morta. Eles a mataram aqui. É muito triste porque ela deixou cinco crianças para a minha mãe tomar conta, e a gente não tem condições para cuidar. Só Deus para ter misericórdia”, afirma a irmã da vítima, Dreidiane dos Reis Alves.

“Nesse período em que ela ficou aqui, o tratamento foi evoluindo, e no sábado ela falou com a mãe que provavelmente teria alta",  conta a prima de Luciene, Helena Maria Custódio.

De acordo com a superintendente de atenção à saúde do município, Sheilla Cruz, a paciente caiu sozinha Foto: TV Vitória

No último sábado (18), Luciene receberia alta da Unidade de Pronto Atendimento, mas de acordo com parentes ela acabou sofrendo uma queda e precisou ser transferida para o Hospital Jayme Santos Neves, com traumatismo craniano.

“Eu conversei com a diretora e ela disse que iria tentar apurar, e que realmente houve uma queda sim. Ela teve uma crise nervosa e caiu. Mas aí nós questionamos, onde estavam os funcionários para ajudar?”, completou Helena.

No dia em que ela foi internada, parentes tentaram entrar na unidade de saúde como acompanhantes de Luciene, mas teriam sido impedidos por funcionários. “Eu cheguei aqui eram 17 horas e eles me expulsaram dizendo que ela não precisava de ninguém lá dentro, e que estava bem”, conta a prima Elayne Alves.

De acordo com a superintendente de atenção à saúde do município, Sheilla Cruz, a paciente caiu sozinha enquanto caminhava pelos corredores da UPA, e que o caso vai ser investigado. “A secretaria de Saúde está com procedimento administrativo em aberto para podermos apurar a situação e os fatos, para podermos esclarecer a ocorrência”, diz.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), o quadro de Luciene Alves é grave.

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