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Sobe para 85% adesão à greve dos garis em 10 municípios do Espírito Santo

Em reunião realizada na última quarta-feira (08) a categoria decidiu parar após reajuste de salário e alimentação terem sido negados pelos patrões

Garis de dez cidades cruzaram os braços na greve Foto: Divulgação Sindilimpe-ES

Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Guarapari, Anchieta, Marataízes, Linhares e Colatina são as cidades que já começam a ficar prejudicadas com a greve dos garis. Os trabalhadores de limpeza urbana que trabalham para as empresas terceirizadas entraram em greve nesta quinta-feira e a adesão já é de 85%.

O movimento grevista é por tempo indeterminado. Dos 4,5 mil garis do Estado que trabalham por empresas terceirizadas, cerca de 4 mil estão parados. A coleta de lixo hospitalar continua mantida normalmente.

A paralisação começou após um um impasse nas negociações. No dia 1 de abril uma reunião entre o Sindilimpe-ES e as 25 empresas que atuam no setor no Estado, realizada na Superintendência Regional do Trabalho, não chegou a um acordo. A categoria cedeu no seu pedido inicial, reduzindo o percentual de aumento nos salários de 12% para 8%, e o valor do auxílio-alimentação de R$ 500,00 para R$ 460,00, mas os empresários não quiseram negociar.

O presidente do Sindilimpe-ES, Ailton Dias, ressalta que a categoria está aberta às negociações, mas que os empresários não querem ceder. “Nós já cedemos no pedido que fizemos inicialmente, mas se o outro lado não ceder em nada, fica difícil fechar um acordo coletivo”, disse.

A categoria também está impactada e prejudicada pelas demissões em massa que estão ocorrendo, como é o caso de Vila Velha. Essa situação aumenta o trabalho para os garis que precisam dar conta de mais serviço com menos trabalhadores.

Entenda o impasse

•    No início da negociação, em dezembro de 2014, a categoria pediu 12% de aumento nos salários e auxílio alimentação de R$ 500,00. Hoje o auxílio é de R$ 425,00.
•    As empresas apresentaram proposta de 5,26% de aumento para salários e auxílio-alimentação.
•    Na reunião do dia 1 de abril, na Superintendência Regional do Trabalho, o sindicato cedeu no seu pedido inicial e o reduziu a 8% de aumento no salário e auxílio alimentação de R$ 460,00, mas as empresas não aceitaram.
•    Em assembleia nesta quarta-feira, 8, a categoria rejeitou a proposta das empresas de aumento de 5,26% no salário e no auxílio-alimentação e resolveu entrar em estado de greve.
•    Na manhã desta quinta-feira, 9, diante da falta de nova proposta das empresas, a categoria paralisou as atividades por tempo indeterminado.
 

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