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Emocionante: bebê nasce 54 dias após morte cerebral da mãe

Após ter morte cerebral, a mãe do bebê Karla Perez, de 22 anos, foi mantida por aparelhos até o momento do parto do pequeno Angél, que nasceu com 1,4 kg

Angél recebeu carinho dos familiares Foto: R7

No momento em que a jovem Karla Perez, 22 anos, foi diagnosticada com uma artrite reumatoide, ela estava grávida de seu segundo filho, o pequeno Angél. Dias depois, algo piorou e ela deu entrada no Methodist Women's Hospital, na cidade americana de Omaha, e teve um derrame cerebral, o que a deixou em coma profundo.

Mesmo com a morte cerebral decretada, o médico Andrew Robertson e sua equipe decidiram manter a mãe ligada a aparelhos para que a gravidez tivesse prosseguimento. A gestação estava na 22ª semana.

Uma cesárea naquele momento seria precipitada. Uma situação deste tipo não ocorria nos Estados Unidos desde 1999. E no dia 4 de abril o menino Angél nasceu, depois de 54 dias da morte de sua mãe.

O organismo de Karla foi monitorado durante todo este tempo por uma equipe de mais de 100 pessoas, entre enfermeiras, médicos e profissionais de apoio
Inicialmente, a ideia era manter a gestação por 32 semanas. Mas na 30ª semana o estado de Karla piorou e os médicos realizaram a cesárea. Angél nasceu com 1,4 kg.

Segundo comunicado do médico Brady Kerr, a condição do bebê é estável mas ele requer ainda certos cuidados antes de ser liberado. "Ele não tem complicações sérias. Neste momento, porém, está mantido em uma incubadora e recebe alimentação por tubo".

Avó e familiares começaram a tentar compensar a ausência com carinho e calor humano. Para a médica Tifany Somer-Shely, que atendeu Karla, gravidez em pessoas com artrite reumatoide não é aconselhável.

Mas a gravidez era tão importante para ela e seu parceiro que ela deixou de lado todos os remédios para engravidar. Eles realmente queriam este bebê. Uma gravidez saudável era mais importante do que o seu próprio conforto. A luta da mãe pelo seu nascimento será um dos alentos para Angél superar a perda de quem lhe deu a vida. 

Karla morreu dias depois da cesárea e seus órgãos foram doados. Quatro pessoas receberam seu fígado, dois rins e o coração que, simbolicamente, também tem outro dono: o próprio filho, para sempre. 

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