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Jovem morta após cair do Transcol é enterrada em Minas Gerais

A vendedora seguia do trabalho para casa, em Vila Velha, quando o acidente aconteceu. O motorista do ônibus foi ouvido e liberado. O caso continua sendo investigado pela polícia

Dayane trabalhava para juntar dinheiro e começar a faculdade de medicina, que era seu sonho  Foto: Reprodução Facebook

O corpo de Dayane Barbosa da Silva, de 22 anos, foi enterrado na manhã desta quinta-feira (18) no Cemitério Carlos Chagas, cidade natal da jovem, em Minas Gerais. A vendedora morreu depois de cair de um ônibus do Transcol quando seguia do trabalho para casa, em Vila Velha. O acidente aconteceu na noite da última terça-feira (16).

Dayane havia saído do shopping onde trabalhava, no bairro Boa Vista, e pegou o ônibus da linha 507. Porém, em uma curva, a jovem acabou perdendo o equilíbrio e caiu, batendo a cabeça na porta do veículo, que se abriu. Ela foi arremessada para fora do ônibus e morreu na hora.

O motorista foi ouvido e liberado pelo plantão do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vila Velha. O caso será investigado pela Delegacia de Delitos de Trânsito.

Em nota, a Unimar transportes, que opera a linha 507, lamentou o ocorrido e informou que está tomando todas as medidas cabíveis. A Unimar disse ainda que, no momento do acidente, a vítima caiu sobre a porta que, com o impacto, quebrou o parafuso que regula a movimentação de abertura. 

Em relação às condições do ônibus, a empresa informou que todos os coletivos do sistema Transcol passam por manutenção preventiva periódica e corretiva imediata.

Perfil

Dayane era mineira de Carlos Chagas e morava em Vila Velha há cerca de três meses. O pai dela, Gilvan Ferreira da Silva, contou que ficou sabendo da notícia por volta da meia-noite, quando ele e a esposa já tinham orado e iam dormir. A notícia foi dada por um vizinho.

Ela era mineira de Carlos Chagas e morava em Vila Velha há cerca de três meses Foto: Reprodução Facebook

Segundo Gilvan, a filha sonhava em entrar na faculdade de medicina e, para juntar dinheiro, trabalhava como vendedora. "Na nossa região é tudo mais difícil, mais caro. E o sonho dela era esse. Batalhava 24 horas por ele, ficava a noite inteira estudando. A gente não queria que ela viesse, que ela saísse de perto da gente", lembra.

Dayane também sonhava em ser cantora e postou alguns vídeos na internet mostrando sua performance. Pelas fotos do perfil em uma rede social, ela mostrava ser uma jovem alegre, descontraída e sempre ligada na religião. Evangélica, também gostava da música gospel.

A notícia da morte da jovem de maneira inesperada chocou parentes e amigos da pequena cidade do interior. Em Carlos Chagas uma amiga de Dayane gravou um depoimento sobre ela. "Era uma menina muito risonha, muito especial. Uma pessoa que fazia seu show, cantava demais. Muito bonita, muito linda", disse no vídeo.

O clima também foi de muita comoção entre os funcionários da loja onde a jovem trabalhava, que souberam da notícia assim que chegaram para o trabalho. Para todos que conheciam Dayane, restou agora apenas saudade.

"Até agora não acreditei. A gente sempre brinca muito em família, em casa, no fim de semana. Parece que ela ainda está com o mesmo semblante, sorrindo, brincando e conversando com a gente", disse o pai da jovem.

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