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Popularidade de Bachelet atinge mínima histórica no Chile

Redação Folha Vitória

Santiago - A aprovação à presidente do Chile, Michelle Bachelet, caiu para 29%, o mínimo histórico registrado durante os dois governos dela. O índice dos que desaprovam seu governo chegou a 66%, informou nesta terça-feira a consultoria Adimark.

Nem mudanças no gabinete, nem os anúncios de educação gratuita para 260 mil estudantes do ensino superior a partir de 2016 conseguiram remediar o recuo na popularidade da líder, notou Roberto Méndez, diretor da consultoria de centro-direita. A Adimark aponta em seu estudo mensal que continuam caindo as avaliações de Bachelet.

O estudo, realizado por telefone entre 12 e 30 de maio, tem margem de erro de 3%, para os dois lados, e uma margem de confiança de 95%.

O Chile vive um ambiente de desconfiança e descrédito em relação aos políticos desde fins de 2014, quando foram revelados mecanismos irregulares de financiamento de campanhas por parte de empresas, inclusive uma do ex-genro do ex-ditador Augusto Pinochet, que aparece favorecendo majoritariamente a situação de centro-esquerda e políticos que trabalharam na pré-campanha presidencial de Bachelet, em 2013.

Em entrevista na rádio Cooperativa, Bachelet disse que jamais autorizou uma pré-campanha em 2013 e que seria "sem dúvida muito doloroso", caso fosse comprovado que os fundos vinham do ex-genro de Pinochet.

Contribuiu para a queda da popularidade de Bachelet um negócio de especulação imobiliária conduzido pelo filho e pela nora da presidente. O casal agora é investigado judicialmente por suposto tráfico de influência e uso de informação privilegiada. Fonte: Associated Press.

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