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AIEA diz que documento sobre programa nuclear do Irã pode ser concluído este ano

Redação Folha Vitória

Viena - O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que espera concluir sua investigação sobre as alegações de que o Irã vinha mantendo um programa secreto de armas nucleares até o final do ano. A jornalistas este sábado, o diretor geral da agência Yukiya Amano afirmou, porém, que precisará da cooperação de Teerã.

Os Estados Unidos e seus parceiros internacionais alegam que o Irã precisa dar mais informações sobre suas atividades nucleares no passado como parte do processo de firmar um acordo nuclear definitivo entre o Irã e seis potências globais. Tal acordo é esperado para 7 de julho. Autoridades ocidentais acreditam que o Irã trabalhou no desenvolvimento de armas nucleares no passado, o que Teerã nega.

Apesar das promessas de cooperar com a agência da ONU, o Irã tem adiado o momento de oferecer explicações sobre atividades no passado. A alegação é de que as evidências por trás das preocupações da AIEA são forjadas e que uma investigação aberta poderia prejudicar um acordo atual.

Buscando sair do impasse, Amano viajou ao Irã nesta quinta-feira para encontrar o presidente Hasan Rouhani e outras autoridades. Ele disse na sexta-feira que a viagem abriu caminhos pela frente, mas que mais trabalho precisa ser feita.

A jornalistas neste sábado, Amano elogiou o "progresso" nas conversas com o Irã. "Com a cooperação do Irã, acredito que posso publicar um relatório até o final do ano com esclarecimentos sobre os problemas relatados a respeito de possíveis dimensões militares", disse o diretor.

Não houve um comentário imediato de autoridades iranianas ou dos Estados Unidos sobre a fala de Amano.

A AIEA busca respostas para um conjunto de doze questões levantadas em 2011 sobre os trabalhos nucleares do Irã no passado, baseadas em evidências que sugerem que o país estava desenvolvendo tecnologia para armas nucleares. A agência afirma que, apesar de cooperação promissora em novembro de 2013, o Irã até o momento endereçou apenas parcialmente duas dessas questões. Fonte: Dow Jones Newswires.

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