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Calor surreal derrete as ruas na capital da Índia

Temperaturas chegaram a picos de 48º C e têm causado doenças e mortes em várias cidades do país

As ruas derreteram por conta do calor Foto: R7

Atingindo 48º C, o calor atingiu níveis críticos na última segunda-feira (27). Não só obrigou os indianos a se virarem em busca de água, como derreteu as ruas da capital, Nova Déhli. Mal se conseguia pisar no solo, que estava pelando.

Neste ano, o calor na Índia passou dos limites do razoável para um país já bastante quente. Até maio, mais de 2.400 pessoas morreram em função das altas temperaturas.

Manoj Kewalramani, editor de mídias sociais na China Central Television, disse ao World.Mic, que divulgou as informações, que a capital era uma sauna e que a população padecia de dor de cabeça e estava ameaçada de doenças cada vez mais comuns.

 Está terrível (a situação).Mas não é só em Nova Dehli que o calor está avassalador. Na cidade de Telangana (centro-sul), só no último fim de semana mais de 200 pessoas morreram por causa do clima, cuja temperatura atingia 50º C.

Quando a temperatura está em 46º C, o calor é suficiente para se servir uma costela ao ponto com a gordura já derretida, o fermento se dissolve e um chocolate se queima por completo.

Em 1936, quando a americana Nova York registrou 41º C em seus termômetros, causando sofrimento e alvoroço, o The New York Times publicou artigo histórico e fumegante, com trechos que se assemelham à letra de A Banda, de Chico Buarque, mas a lamentação era outra.

Nas zonas comerciais, as ruas ficaram finas, as faixas de pedestres foram pontilhadas com saltos de borracha, o asfalto capturou o betume assim que as mulheres passavam. Na rua em Siracusa, uma dona de casa fritou um ovo na calçada. Em Perry, um homem distraído deixou a dentadura no parapeito da janela e quando foi pegá-la ela derreteu.

Com cerca de 18,2 milhões de habitantes, Nova Dehli viua onde de calor chegar a patamares insuportáveis nesta semana. O jeito foi se refrescar de qualquer maneira, em qualquer lugar.

O homem luta contra o calor, jogando água no rosto, tentando desafiar a presença de um sol impiedoso e alheio aos dramas humanos.
O menino joga um balde de água (provavelmente fria) sobre o corpo. E neste caso não era para a bela campanha contra a esclerose lateral amiotrófica (ALS), mas sim apenas para tentar se refrescar um pouco.

O homem, extenuado, deita na única sombra que está ao seu alcance, embaixo de um caminhão, buscando pelo menos um mínimo alívio, já que, sob o tanque, o lugar também deve ser bastante quente.

Com 1,27 bilhão de habitantes, a Índia, segunda nação mais populosa do mundo, é um país clima é basicamente de monção (ventos que mudam de direção por causa do contraste das temperaturas).

Os cientistas afirmam que o calor é o maior desde 1998. Em relatório recente, a OCDE (Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento) afirma que, enquanto a mudança climática é um fenômeno global, seus impactos negativos são mais severamente sentidos por pessoas e países pobres.

Com informações do Portal R7

 

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