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Vitória apresenta queda na taxa de mortalidade infantil

O levantamento mostra que nasceram 4.826 bebês vivos e houve 47 óbitos infantis no ano passado em Vitória. As investigações foram feitas pelo Copemi

Vitória adota medidas para reduzir cada vez mais o índice de mortes de recém-nascidos Foto: Divulgação/Prefeitura/ Kadidja Fernandes

A mortalidade infantil tem se configurado como um dos indicadores mais utilizados para medir o nível de saúde e desenvolvimento social de uma população. De acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), Vitória apresentou em 2014 um coeficiente de mortalidade infantil de 9,73 óbitos infantis por mil nascidos vivos (7% menor que em 2013).

Apesar de a morte ser um evento de extrema gravidade, esse coeficiente é considerado bom pela Organização Mundial de Saúde (OMS), levando em conta, ainda, que o Espírito Santo, que tem o coeficiente de 10,7 para cada mil nascidos vivos, apresenta a segunda menor taxa de mortalidade infantil do país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento mostra que nasceram 4.826 bebês vivos e houve 47 óbitos infantis no ano passado em Vitória. As investigações foram feitas pelo Comitê de Prevenção e Estudo da Mortalidade Materno Infantil (Copemi) da Semus, que verificou que, entre esses óbitos, 28 foram neonatais e 19 pós-neonatais.

"A mortalidade neonatal acontece de 0 a 27 dias e pode ser decomposta em neonatal precoce, que acontece de 0 a 6 dias e a neonatal tardia, entre 7 e 27 dias, e a pós-neonatal, que acontece entre 28 dias e um ano", explica o presidente do Copemi, Luiz Paulo Pegoretti.

Condições

A mortalidade neonatal é relacionada, principalmente, às condições da assistência no pré-natal, ao momento do parto e à atenção ao recém-nascido. "A pós-neonatal recebe importante influência das condições de vida e do ambiente e também da adequada ação dos serviços de assistência à saúde no primeiro ano de vida", esclarece Pegoretti.

Casos

Dos 47 óbitos, o Copemi observou dois por sufocamento na cama, dois por broncoaspiração de conteúdo gástrico e nove casos por malformações congênitas. "Ou seja, 68% dos casos de óbitos pós-neonatais foram por acidentes e malformações congênitas", disse o presidente do Copemi.

Mães

Quanto à mortalidade materna, é definida durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação. Em 2014, ocorreram quatro óbitos em Vitória, sendo três obstétricos indiretos causados por outras doenças e um obstétrico direto e devido à pré-eclâmpsia superposta.

Monitoramento

Vitória começou a realizar o monitoramento contínuo dos óbitos fetais, infantis e maternos em 2001, por meio do Copemi. Desde então, os dados vêm servindo como um sinal de alerta para as situações de risco, permitindo tomadas de decisão e elaboração de medidas de intervenção.

O Copemi tem a responsabilidade de determinar as taxas reais de mortalidade materna e infantil, fazendo um diagnóstico das principais causas encontradas, apontar falhas nos recursos envolvidos no atendimento à mulher, ao recém-nascido e ao lactente. O Comitê apresenta também sugestões, contribuindo para a queda dessas taxas e a redução da mortalidade materna e infantil.

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