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Mutirão: quase 230 mil crianças do Espírito Santo devem ser vacinadas contra paralisia infantil

No mesmo período será promovida a Campanha de Multivacinação, que tem como objetivo atualizar o cartão de vacinação dos pequenos que têm menos de 5 anos de idade com doses

ES quer atingir 95% da meta Foto: Divulgação/Governo

O Espírito Santo deve imunizar pelo menos 218 mil crianças contra paralisia infantil durante a Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite, que será realizada entre os dias 15 e 31 de agosto. A meta é imunizar, nesse período, 95% do público-alvo, estimado em 229.535 crianças com idade entre 6 meses e menos de 5 anos.
 
No mesmo período será promovida a Campanha de Multivacinação, que tem como objetivo atualizar o cartão de vacinação dos pequenos que têm menos de 5 anos de idade com doses das vacinas que compõem o calendário básico de imunização da criança. Serão disponibilizadas com essa finalidade vacinas que protegem contra tuberculose, hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, meningite, pneumonia, diarreia, sarampo, caxumba, rubéola, catapora e hepatite A.
 
Conforme explica a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, diferentemente da campanha contra poliomielite, que é indiscriminada, ou seja, pretende alcançar o maior número possível de crianças dentro do público-alvo determinado, a de multivacinação não possui uma meta quantitativa. Neste caso, a vacinação é feita de forma seletiva, avaliando-se as carteiras de vacinação das crianças e imunizando somente os pequenos que não estão com o esquema vacinal em dia.
 
“A oferta de diferentes vacinas simultaneamente é uma experiência bem-sucedida. A eficácia desse tipo de campanha vem sendo comprovada pela redução no número de casos de doenças imunopreveníveis no país, como coqueluche, difteria, meningites, tétano neonatal, tétano acidental, sarampo e a própria poliomielite, que foi eliminada do território brasileiro”, detalha Danielle Grillo.
 
Segundo ela, o Dia D das campanhas de vacinação contra poliomielite e de multivacinação será realizado no dia 15 de agosto, um sábado. Nesta data, as unidades de saúde abrirão exclusivamente para atender o público-alvo das campanhas, uma facilidade para os pais que trabalham durante a semana e, por isso, não têm tempo de levar o filho até o local de vacinação. “Os pais não devem perder essa oportunidade de imunizar seus filhos contra a paralisia infantil e manter a carteira de vacinação das crianças atualizada, pois a vacinação garante proteção contra doenças graves”, comenta a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações.
 
Poliomielite
 
Em informe técnico enviado aos Programas Estaduais de Imunizações, o Ministério da Saúde (MS) salienta que desde a realização da Assembleia Mundial da Saúde, em 1988, a incidência mundial de poliomielite reduziu mais de 99%, e o número de países onde a doença é endêmica passou de 125 para 3 (Nigéria, Paquistão e Afeganistão). 
 
Ressalta ainda que a Iniciativa Global de Erradicação da Poliomielite, criada naquele mesmo ano, permitiu que hoje a doença afete um número reduzido de crianças ao redor do mundo. Por outro lado, o documento alerta que essa situação pode mudar rapidamente se a poliomielite não for erradicada, uma vez que a doença tem potencial epidêmico e ainda restam três países endêmicos, o que representa uma ameaça às áreas livres da pólio.
 
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo o informe técnico, indicam que entre o ano passado e este ano nove países registraram casos da doença, na maioria das situações decorrente da importação do poliovírus selvagem de outros países. Neste ano, até o dia 16 de junho, foram registrados 28 casos da doença, todos em países endêmicos (25 no Paquistão e três no Afeganistão).
 
“A poliomielite é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus. Ela acomete, em geral, os membros inferiores e tem como principais características a flacidez muscular e pode levar à morte ou causar sequelas paralíticas irreversíveis. O Espírito Santo não registra caso de poliomielite desde 1988, e o Brasil desde 1990. Assim, manter uma cobertura vacinal alta e homogênea em todos os municípios torna-se importante para evitar o risco da reintrodução da doença em nosso território”, detalha Danielle Grillo.
 
 
Vacinas disponibilizadas nas campanhas
 
>> Poliomielite: protege contra a paralisia infantil
>> BCG: protege contra formas graves de tuberculose;
>> Hepatite B: protege contra a hepatite B;
>> Pentavalente: protege contra difteria, tétano, >> coqueluche, hepatite B e haemophilus influenzae tipo B (bactéria que causa meningite);
>> Pneumocócica 10-valente: protege contra o pneumococo, bactéria que causa pneumonia e meningite;
>> Meningocócica C: protege contra o meningococo C, bactéria que causa meningite;
>> Rotavírus: protege contra diarreia e desidratação;
>> Tríplice Viral: protege contra sarampo, caxumba e rubéola;
>> Tríplice Bacteriana (DTP): protege contra difteria, tétano e coqueluche;
>> Tetraviral: imuniza contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora;
>> Hepatite A: protege contra a hepatite A.

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).

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