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Sob influência do El Niño, primavera e verão podem ter até 3º C acima da média no Espírito Santo

O fenômeno, que é o aumento da temperatura da água do Oceano Pacífico, deve atingir o Estado a partir de setembro, quando as temperaturas começam a subir além do esperado

O fenômeno traz aumento na temperatura e deve afetar os capixabas até 2016 Foto: Reprodução/History Channel

Com a previsão da influência de um El Niño de moderado a forte trazendo reflexos para o tempo e a temperatura de todo o Brasil, no Espírito Santo, meteorologistas preveem um aumento da temperatura entre 2,5º C e até 3º C nas médias para a primavera e o verão.

O fenômeno, que é o aumento da temperatura da água do Oceano Pacífico, deve atingir o Espírito Santo já a partir do mês de setembro, quando as temperaturas devem começar a subir além do esperado. .

“Agora, a gente já está com registros do El Niño. A tendência é que os reflexos aumentem a partir de setembro com temperaturas mais altas que o normal. O fenômeno deve causar reflexos no tempo da região Sudeste do país até o final do verão”, afirma a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Marlene Leal.

Nacionalmente, o Inmet prevê chuvas acima do normal no Sul do país e tempo mais seco e quente em partes das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste. “O que se espera é muita chuva na região Sul, e pouca chuva e calor em partes da região Norte, Nordeste e Centro Oeste do país. Agora não dá para prever em relação as chuvas no Sudeste porque depende de sistemas frontais. Precisamos esperar, também, para monitorar o desenvolvimento do El Niño”, conta.

Fenômeno pode ser bom para agricultura

Imagem mostra alta temperatura Foto: Reprodução/INPE

Uma simulação feita pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe) aponta que, de junho a agosto de 2015, deve chover acima da média em boa parte do Sul, oeste de São Paulo e em grande parte de Mato Grosso do Sul, o que impacta as culturas de inverno, como trigo, cevada, cana-de-açúcar e café, além da segunda safra de milho.

Para especialistas, o que definirá se o El Niño será bom ou ruim para a safra não é a intensidade das chuvas, mas o seu calendário. "A maioria das culturas pode se beneficiar com a chuva, mesmo porque ela ameniza o risco de geadas. No entanto, chuva demais no período da colheita, lá para o fim do inverno, pode ser muito prejudicial", explica Celso Oliveira, da Somar Meteorologia.

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