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Abastecimento de água volta ao normal após contaminação em rio de Linhares

A mancha escura que apareceu no Rio Pequeno tem mais de dois quilômetros de extensão e também tinha um odor muito forte, foi preciso decretar situação de emergência em Linhares

Durante o dia, o helicóptero da TV Vitória sobrevoou a área atingida pela mancha. Foto: TV Vitória

O abastecimento de água em Linhares, no norte do Estado, deverá voltar ao normal na madrugada deste sábado (26) após mais de 24 horas sem água na cidade. Uma mancha escura, densa, e de odor forte apareceu no Rio Pequeno, responsável pelo abastecimento da sede do Município.

Após detectar a mancha que tinha cerca de dois quilômetros de extensão, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) optou por interromper a distribuição da água para os moradores. No final do dia, a suposta contaminação se dissipou. 

O secretário municipal de Meio Ambiente, Rodrigo Paneto, contou que por precaução não fazer o abastecimento da cidade. "Trabalhamos mais de 30 horas, e os testes laboratoriais definiram que podemos tratar a água. A contaminação foi por cianobactéria, e já a partir da meia-noite as casas vão receber água", explicou.

Mais de 80 mil pessoas ficaram sem água e o prefeito Nozinho Correa, decretou situação de emergência no Município.

Pelo menos 23 unidades de saúde, o Núcleo de Atenção às Políticas de Saúde (Naps), o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS II), a Unidade Sanitária de Linhares (USL), precisaram ser fechadas, deixando a população sem atendimento médico. Escolas também tiveram as aulas suspensas.

De acordo com a prefeitura, testes laboratoriais realizados nesta sexta-feira (25) confirmaram que a água pode voltar a ser tratada. O Saae alertou que a água que chegará nas torneiras da casa dos moradores poderá ter um coloração escura, que acontece porque a tubulação que liga a empresa e as residências ficou mais de 24 horas vazia, acumulando sedimentos. A população deve fazer o descarte dos primeiros jatos e usar a água quando ela voltar a ficar incolor.

Os hospitais e unidades de saúde da cidade precisaram ser abastecidos com caminhões pipa. O interior do município, não foi afetado, já que a captação de água é feita de outro local.  Durante a falta d’água foi feita a abertura da boca da Lagoa Juparanã, onde ocorre o encontro com o Rio Pequeno. A ação foi necessária porque o fluxo do rio foi interrompido por causa do baixo nível da lagoa em virtude da seca prolongada. Profissionais em embarcações realizam a limpeza manual das plantas (macrófitas aquáticas) superficiais.

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