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Funcionários da Unimed Paulistana fazem ato contra ANS

Redação Folha Vitória

São Paulo - Funcionários da Unimed Paulistana fizeram um ato nesta terça-feira, 29, contra a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por causa da determinação para que a operadora de saúde transfira seus 744 mil beneficiários para outros planos.

A medida foi anunciada pela agência no dia 2 deste mês e levou em consideração problemas econômico-financeiros, além de "anormalidades assistenciais e administrativas graves". A ANS afirmou que desde 2009 acompanha a situação da operadora por meio de monitoramento feito por agentes nomeados pela agência. O prazo para a realização do processo de transição termina na próxima sexta, 2.

O coordenador administrativo Onildo Rodrigues, de 54 anos, conta que trabalha para o Sistema Unimed há mais de 15 anos e que a manifestação teve como objetivo mostrar à agência a preocupação dos profissionais em relação ao futuro da operadora.

Ele diz que o ato começou por volta das 11 horas na sede da operadora, na Avenida Angélica, região central de São Paulo, e que o grupo formado por cerca de 1.700 pessoas se dirigiu para o prédio da ANS na Rua Bela Cintra.

"O salário está em dia e ninguém recebeu o aviso prévio, mas os funcionários estão preocupados. É simples determinar a alienação, mas nós ficamos esquecidos. Somos 3.380 funcionários diretos e 2.400 médicos cooperados. Contando os familiares e pessoas ligadas a todos, são cerca de 83 mil pessoas dependentes das atividades da Unimed Paulistana." Rodrigues diz que a nova gestão, que entrou em abril, não teve tempo de contornar a situação da operadora antes de a ANS determinar a transferência da carteira dos clientes.

Em nota, a ANS informou que atendeu uma comissão de funcionários e recebeu suas reivindicações. "A gestão da operadora é responsabilidade de seus administradores e que todas as obrigações trabalhistas devem ser garantidas pela empresa e seu patrimônio", informou. Por meio da assessoria, a Unimed Paulistana disse que nenhum funcionário foi desligado e que "tem honrado os direitos trabalhistas".

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