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Grécia anuncia medida para lidar com refugiados em ilhas

Redação Folha Vitória

Atenas - O governo provisório da Grécia anunciou medidas para melhorar as condições para dezenas de milhares de refugiados e imigrantes que chegam às ilhas do leste da Grécia, com a intenção também de melhorar seu apoio entre os moradores dessas áreas. O país é um dos mais afetados pelo influxo migratório para a União Europeia, com mais de 200 mil pessoas chegando ao território grego neste ano.

O escritório da primeira-ministra Vassiliki Thanou disse que o governo, nomeado na semana passada para liderar o país até a eleição do dia 20, está reforçando a equipe, a infraestrutura e as condições nos centros de recepção, além de acelerar o processo de registro dos refugiados que chegam ao país. Foi ainda criado um centro de coordenação para o gerenciamento dos fluxos de refugiados, que incluirão ministros importantes do governo e membros da polícia e da Guarda Costeira, enquanto as Forças Armadas também contribuem.

O governo está "ativando procedimentos para o uso imediato dos programas existentes de apoio da Europa", incluindo o acesso a fundos, além de acelerar o uso do dinheiro já disponível para apoiar as economias das ilhas.

O governo de esquerda de Alexis Tsipras, que renunciou no mês passado, vinha sendo criticado por não agir ante essa crise. A União Europeia vinha esperando havia semanas que a Grécia entregasse a documentação necessária para a liberação de 30 milhões de euros (US$ 34 milhões) para Atenas lidar com a situação. "O problema é muito grande. Estou otimista de que a crise será evitada", disse o ministro da Política de Imigração, Yannis Mouzalas, após uma reunião com a premiê para discutir o assunto.

Mouzalas, um médico e membro da organização de ajuda Doctors of the World, disse que é necessário haver uma intervenção da UE e da Organização das Nações Unidas. Segundo ele, caso a UE não intervenha rapidamente para absorver as populações e o tema não seja internacionalizado no nível da ONU, de tempos em tempos haverá discussões sobre como impedir uma nova crise. Mouzalas insistiu ainda que a questão é de refugiados, não de imigração. Fonte: Associated Press.

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