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Barragens que serão construídas no Espírito Santo vão beneficiar 360 mil pessoas por ano

Também foi assinada a ordem de serviço para as obras do Sistema de Abastecimento de Água Reis Magos. A previsão é que o sistema comece a operar no segundo semestre de 2016

O anúncio contou com a participação de diversas autoridades Foto: Luana Belfi

Novas medidas para minimizar os transtornos ocasionados pela seca no Espírito Santo foram anunciadas, na manhã desta sexta-feira (23), pelo Governo do Estado.

Entre as ações adotadas está a construção de 32 barragens em várias regiões do Estado, com o objetivo de armazenar 19,5 bilhões de litros de água. A previsão é que 360 mil pessoas sejam beneficiadas com as obras.

De acordo com o Governo, o investimento nas barragens gira em torno de R$20 milhões e serão construídas nos municípios de Pinheiros, São Roque do Canaã, Pancas, Colatina, Marilândia e Sooretama.

Além disso, também serão construídas outras 26 barragens localizadas em assentamentos de trabalhadores rurais no Norte do Estado. Os assentamentos ficam nos municípios de Ecoporanga, que terá quatro barragens; Montanha, com duas; Conceição da Barra, também com duas unidades; Nova Venécia, com três. O município de São Mateus terá o maior número de construções, com 15 unidades.

Durante a solenidade, no Palácio Anchieta, o Governador Paulo Hartung, ressaltou a importância de mobilizar os capixabas. “Estamos fazendo um movimento importante que foi a autorização para que no interior do Estado seja construído, nos próximos meses, um conjunto de reservatórios de água que é extremamente significativo. Muitos desses acordos foram feitos entre as autoridades locais, os consumidores de água, agricultores e comerciantes. É importante que todos se envolvam no debate”, disse.

Sistema Reis Magos

Outra ação anunciada pelo Governo foi a autorização de serviço para início das obras do Sistema de Abastecimento de Água Reis Magos, que fica na Serra. O projeto que vai custar R$60 milhões e deve beneficiar cerca de 150 mil pessoas. A previsão é que o sistema comece a operar em outubro de 2016.

A obra estava prevista para ocorrer em 2019, mas, de acordo com o governo, foi necessário antecipar a construção, para dar mais equilíbrio no abastecimento da Grande Vitória. O projeto prevê a captação de água, a construção de uma estação de tratamento, um reservatório, com capacidade de armazenar cinco milhões de litros d’água, além da construção de uma adutora com 15 quilômetros de extensão. O novo sistema vai reforçar o abastecimento principalmente em Serra Sede e Civit, e terá distribuição inicial de 500 litros de água por segundo.

Durante o anúncio, o governador ressaltou a dimensão da obra que será construída na Serra. “Estamos criando uma captação importante. Para que os capixabas saibam qual a dimensão disso, o que nós vamos captar no Reis Magos e injetar na Grande Vitória, pelo reservatório da Serra Sede, significa o abastecimento de uma cidade do tamanho de Cachoeiro de Itapemirim”.

O novo diretor da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Pablo Andreão, apresentou um panorama da crise na região metropolitana. “A Grande Vitória vive hoje um cenário de alerta. Nós já economizamos 9 bilhões de litros entre janeiro e agosto, mas não podemos relaxar. Vivemos um momento de seca severa. A situação está administrável, mas precisamos continuar os nossos hábitos de economia de água,” ressaltou.

Comitês Hídricos Municipais

A criação de um Comitê municipal para debater e enfrentar a crise neste período de seca foi outra ação apresentada pelo governo. O objetivo é que os comitês discutam junto com os prefeitos as ações e acordos para melhor utilizar os recursos hídricos em cada região.

Hartung reforçou a importância da participação de todos. “Trabalhamos um conjunto de ações. Primeiro a mobilização e motivação em todo o Estado. Um passo importante, a curto prazo, é fazer a gestão da crise, junto com aos municípios, outras autoridades e os usuários de água. Já temos dois acordos no interior no sentido de dar equilíbrio aos diversos usos da água, dando prioridade ao consumo humano.”

O prefeito da Serra, Audifax Barcelos, informou que o município está tomando medidas para atravessar a crise e que na próxima semana deve encaminhar para a Câmara de Vereadores, um projeto de lei com o objetivo de fiscalizar e punir quem desperdiçar água. “Queremos orientar a população sobre o uso da água. Quem fizer o uso indevido será autuado e em seguida vamos multar aquelas pessoas que não estão usando a água de forma correta”, disse.

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