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Capixaba de 13 anos corre risco de ficar cega após uso de caneta laser

A família teria comprado o objeto pela internet para um trabalho escolar. O caso foi registrado no interior do Estado. Os pais afirmam que não sabiam dos riscos

Os oftalmologistas orientam para o perigo do uso da caneta laser Foto: Divulgação

Uma menina de 13 anos corre o risco de ficar cega após o uso de uma caneta leaser. O incidente aconteceu na última semana quando os pais encomendaram o produto pela internet para que a filha fizesse um trabalho para a escola. A adolescente é moradora de Rio Lamego, distrito próximo ao município de Santa Maria de Jetibá, região Serrana do Espírito Santo

Depois de ter feito a atividade com a caneta, a jovem começou a brincar com o objeto, mirando a luz verde nos próprios olhos. Pouco tempo depois a adolescente notou problemas com a visão, enxergando muitos pontos pretos. Incomodada, reclamou com os pais, que no primeiro momento não deram muita atenção. A reclamação continuou e os pais marcaram um oftalmologista. 

Ela foi encaminhada a um especialista que descobriu que a brincadeira com o laser verde tinha comprometido severamente a visão da adolescente e que ela corre o risco de ficar cega.

A adolescente é filha do torneiro mecânico Jocenir Scheneider, de 47 anos e da servidora pública municipal Rosiana das Graças Regonini Schneider, de 34 anos. Logo que soube da lesão, Jocenir buscou informações na embalagem do produto, mas não encontrou nada que falasse dos riscos ou restrições. Ela conseguiu explicações quando buscou mais dados na internet e descobriu que o laser que não causa problemas à saúde teria que ter uma intensidade de 300mw, e ao verificar o que comprou descobriu que a intensidade do laser era de 8.000mw. “Não sabia do risco. Não havia nenhum alerta, nada que pudesse dizer que aquela caneta era um risco a saúde”, disse o pai da menina. 

Outros casos

Apesar da falta de alerta esse é o oitavo caso registrado pela medicina no mundo. A informação é do médico oftalmologista Fernando Zanetti, especialista em cegueira, catarata e retina. O médico avaliou o caso e de tão raro vai realizar um estudo científico para ser publicado em revistas especializadas. “É um caso raro e que precisa de divulgação para que se alerte aos pais e a todas as pessoas o risco que essa caneta é. A lesão desse laser pode ser permanente.”

A adolescente, de acordo com que o médico explicou aos pais, ainda não saiu da zona de risco. “Ela pode a qualquer momento, mesmo quando crescer, sofrer uma hemorragia no olho”.

A adolescente está sendo monitorada mensalmente para que o médico possa acompanhar a extensão do problema. “Vou observar como a lesão vai se comportar”.

As informações foram passadas pela assessoria do Hospital Evangélico de Vila Velha!

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