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Sobe para 14 número de municípios no Estado em situação de emergência por causa da seca

Menos de oito meses após a seca que assolou o Estado no começo do ano, a ausência das chuvas já prejudica a agricultura, a pesca, e diversos setores da economia

Crise hídrica volta a preocupar o Estado e 14 municípios estão em situação de emergência Foto: Divulgação

A crise hídrica fez oito municípios capixabas terem seu uso de água racionado pelo Governo do Estado. Agora 14 cidades capixabas decretaram situação de emergência com a falta de chuva. Afonso Cláudio, Água Doce do Norte, Águia Branca, Alto Rio Novo, Colatina, Governador Lindenberg, Itaguaçu, Itarana, Marilândia, Mimoso do Sul, Pancas, Pinheiro, Ponto Belo e São Gabriel da Palha já decretaram oficialmente situação de emergência, segundo o coordenador da Defesa Civil Estadual coronel Fabiano Bonno.

No início do ano, 46 municípios chegaram a decretar a mesma medida precisando inclusive de ajuda de recursos estaduais. “Prefeituras estão se mobilizando e tomando medidas próprias, as pessoas devem ser estimuladas a reutilizar a água e economizar”, garantiu o coronel.

E a tendência é que a crise se agrave e falte água em vários municípios. No norte do Estado a situação é mais crítica e há riscos de desabastecimento. O diretor da Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH), Paulo Paim, disse que andou pelas bacias de Santa Maria, Itaúnas, São Mateus e constatou a gravidade do problema. 

“O Estado enfrentou uma situação onde o volume de chuva foi mais baixo este ano, o que exigiu da sociedade um conjunto de ações que deram certo. É preciso poupar e fazer utilização responsável, porque a tendência é que a situação se agrave até o fim do ano”, garantiu Paim.

FALTA DE CHUVA NO COMEÇO DO ANO

A estiagem fez 46 municípios de norte a sul do Estado decretarem estado de emergência ou de calamidade pública. Cachoeiro de Itapemirim foi um dos primeiros a divulgar a situação, Itapemirim  não teve outra saída senão decretar a mesma situação de emergência. Além das plantações de café, a estiagem no Estado afetou de forma preocupante o gado leiteiroE o Rio Jucu, já enfrenta a pior seca desde a década de 60. Em Guarapari o prefeito da cidade decretou restrições ao uso de água.

COLATINA FOI PRIMEIRO A DECRETAR EMERGÊNCIA

A estiagem e o sol forte começam a afetar o Espírito Santo e o primeiro município que sofre com o clima é Colatina, no noroeste do Estado. O prefeito Leonardo Deptulski já decretou situação de emergência na última quarta-feira (23). O secretário de Desenvolvimento Rural, o engenheiro agrônomo, Ricardo Pretti, afirmou que a situação é bem crítica. “Temos algumas comunidades que já não tem mais água, elas estão sendo abastecidas com carro pipa”,  contou.

VITÓRIA TOMA MEDIDAS DE CONTENÇÃO

Nas 30 unidades de saúde, servidores e usuários têm sido orientados sobre o uso racional da água. A meta é obter uma redução no consumo e colaborar para o uso consciente desse recurso. Além do aspecto educativo, o trabalho envolve manutenção periódica e vistoria de torneiras e válvulas com problemas para evitar o desperdício de água. Também está sendo readequado o uso de torneiras com temporizador.

Apenas 12 chuveiros, como os de Camburi, estão funcionando.  Sendo 12 chuveiros, sendo 10 na orla de Camburi e dois na praia acessível, na Curva da Jurema, estão funcionando com água captada diretamente de poços artesianos escavados na praia. Os demais 38 chuveiros que recebiam água da Cesan estão temporariamente inoperantes em função da necessidade de economia de água.

A medida soma-se à obrigatoriedade da redução de 15 % no consumo de água em todos os setores da Prefeitura de Vitória e será mantida até a concessionária de água informar que o período de seca dos mananciais está superado. 

Nas escolas, um conjunto de ações desenvolvidas junto aos Conselhos de Escola e aos estudantes tem mobilizado todos para o uso consciente da água. São trabalhos de natureza educativa e informativa, além de mobilização com o objetivo de reduzir o consumo de água e energia nas unidades de ensino. Uma campanha afixada nos murais e um jogo da memória distribuído aos alunos no início do ano letivo levou à reflexão sobre prevenção de acidentes em épocas de chuvas e economia de água.

 

 

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