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Duas toneladas de peixes mortos já foram recolhidas do Rio Doce após passagem da lama

Segundo o Ibama, eles estão sendo coletados por terceirizados de uma empresa contratada pela Samarco, para que seja feita a identificação da espécie de cada um

Mais de duas toneladas de peixes já foram recolhidas ao longo do Rio Doce, após a passagem da lama Foto: Divulgação

Pelo menos duas toneladas de peixes mortos já foram recolhidas ao longo do Rio Doce, inclusive na foz, desde que a lama com rejeitos de mineração, proveniente das barragens da Samarco que romperam em Mariana-MG, chegou ao Espírito Santo. A informação é do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Segundo o instituto, os peixes mortos ao longo do rio estão sendo coletados por terceirizados de uma empresa contratada pela Samarco, para que seja feita a identificação da espécie de cada um.

Enquanto isso, os resíduos de minério continuam se espalhando pelo mar. No sobrevoo realizado por técnicos do Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) nesta quarta-feira (25), foi identificado que a onda de lama deslocou-se 8 quilômetros ao sul, 20 quilômetros ao leste e 35 quilômetros ao norte da foz do Rio Doce, na região de Regência, em Linhares. 

O deslocamento da lama recebe influência do comportamento das ondas, correntes marítimas e da direção do vento, que estão sendo monitorados. Segundo especialistas que acompanham o deslocamento dos resíduos, vários estudos ainda precisam ser realizados para saber como vai ser esse avanço pelo oceano.

Navio

As análises científicas no litoral capixaba serão feitas com ajuda de um navio hidroceanográfico, da Marinha do Brasil, batizado de Vital de Oliveira. Ele está atracado no Porto de Vitória e parte para Regência nesta quinta-feira (26). A embarcação também vai avaliar os impactos da lama de minério sobre a fauna e a flora das áreas marítimas.

Inaugurado no ano passado, o navio é o mais novo e mais moderno de toda a frota da Marinha. Segundo a Capitania dos Portos do Espírito Santo, a embarcação, que tem capacidade para realizar pesquisas científicas para caracterização física, química, biológica, geológica e ambiental de áreas oceânicas, vai receber o reforço de técnicos do Instituto de Estudos do Mar, da própria Marinha e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

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