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Equipe da TV Vitória volta a sobrevoar área atingida por lama e registra água mais clara no Rio Doce

Nível do rio aumentou com a abertura da represa de Mascarenhas, o que ajudou no abastecimento de água. No entanto, parte mais densa da lama deve chegar à região no fim de semana

Abertura da Represa de Mascarenhas, em Baixo Guandu, ajudou a aumentar a vazão do Rio Doce Foto: Ana Carolina Monteiro/TV Vitória

Após receber, na terça-feira (10), uma parte da lama tóxica com rejeitos de mineração, proveniente do rompimento das barragens da Samarco em Minas Gerais, a água do Rio Doce na região de Colatina e Baixo Guandu, no noroeste do Estado, já começou a clarear. Nesta quarta-feira (11), a equipe de reportagem da TV Vitória/Record voltou a sobrevoar a região e percebeu a diferença da tonalidade da água em relação ao dia anterior. 

No entanto, a situação ainda é crítica para o população local, já que a parte mais densa da onda de lama, com maior concentração de resíduos de minérios, ainda não chegou à região. A expectativa é de que isso aconteça no próximo final de semana.

Enquanto a massa de água com maior turbidez não chega ao Estado, o abastecimento em Colatina segue normalmente e até melhorou um pouco, em relação aos últimos meses. Isso porque a vazão do Rio Doce aumentou depois que a água da represa de Mascarenhas, em Baixo Guandu, começou a ser liberada

O objetivo dos técnicos, com a abertura da represa, é deixar que a lama mais densa, quando chegar ao Espírito Santo, ocupe os reservatórios e seja liberada aos poucos. A qualidade da água do Rio Doce vem sendo monitorada constantemente por uma equipe técnica da Samarco em conjunto com o Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema).

Volta às aulas

Nesta quarta-feira, os estudantes da rede pública de ensino voltaram às aulas em Colatina e Baixo Guandu, depois de um dia de suspensão. Ao todo, 16 escolas estaduais, nos dois municípios, tiveram as aulas suspensas por conta do risco de suspensão do abastecimento de água. Em Colatina, também não houve aulas nas escolas municipais.

No entanto, a tendência é que as aulas voltem a ser suspensas na semana que vem, após a chegada da massa mais densa da lama, que pode afetar a captação da água do Rio Doce.

"Como essa previsão da chegada da lama ficou para sábado (14) à noite, o Governo do Estado e as prefeituras decidiram voltar às aulas nesses três dias. Isso para que as aulas não sejam suspensas e o calendário escolar seja estendido mais ainda para o final do ano. Confirmando a chegada dessa onda de água suja para semana que vem, possivelmente essas aulas já serão interrompidas na segunda-feira", destacou o coordenador estadual de Defesa Civil, Fabiano Bonno.

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