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Animais vítimas de maus-tratos apresentam baixo peso e são acorrentados em Itapemirim

Em cada ação realizada, são encontrados animais com baixo peso, com cortes profundos pelo corpo e até acorrentados pelas patas. A situação tem chamado atenção do setor ambiental

Animais de grande porte, como cavalos e bois, recebem maus tratos em Itapemirim. Foto: Divulgação/Prefeitura

O setor de recolhimento de animais do município de Itapemirim tem revelado uma triste realidade em relação aos maus-tratos dos animais de grande porte, como cavalos e bois. Em cada ação realizada, são encontrados animais com baixo peso, com cortes profundos pelo corpo e até acorrentados pelas patas. A situação tem chamado a atenção do setor de Vigilância Ambiental do município, que multa os proprietários que permitem que seus animais fiquem soltos em vias públicas.

Após o recolhimento, bois e cavalos são encaminhados para local adequado, onde recebem alimentação e água e permanecem aguardando até que seus donos compareçam ao local para retirá-los, o que só acontece após o pagamento da multa e da diária do local, cerca de R$ 8.

O grande problema é que, na maioria das vezes, os proprietários não aparecem para buscá-los, como explica o médico veterinário da Secretaria Municipal de Saúde, Auristone Viana. “Pela lei, o município é obrigado a guardar o animal por sete dias e esperar que o dono venha buscar. Após esse período, o animal passa a ser de propriedade do próprio município. O problema é que, geralmente, cavalos chegam aqui muito debilitados e geram custos. Os animais recolhidos possuem baixo valor de comercialização e isso impede que os donos nos procurem para reavê-los. Mas isso não acontece com os bovinos, que são valiosos para os proprietários”, explica o veterinário.

Nos casos em que os cavalos recolhidos não são retirados, o município os oferece, quando estão com boas condições de saúde, para entidades e projetos que os utiliza em suas ações, como é o caso da equoterapia, realizada pela secretaria de Educação com alunos da educação especial. Em relação aos bois, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do ES (Idaf) os recolhe e doa a carne para instituições em todo o Estado.

“Os proprietários desses animais precisam se conscientizar sobre suas responsabilidades e cuidar melhor deles. Um boi ou um cavalo solto em via pública pode causar sérios acidentes, como já aconteceu em nossa região. Aplicamos multas nesses casos e elas dobram a cada reincidência, mas é muito difícil identificar os donos, que geralmente não aparecem para retirar o animal. Por isso, contamos com a participação da população em acionar a secretaria para que possamos agir o quanto antes e evitar maiores transtornos”, solicita o secretário municipal de Saúde, Alex Wingler.

Para solicitar que algum animal de grande porte seja recolhido pela secretaria, basta ligar para o número (28) 99987-9060 e falar com Ivanildo ou com Elói pelo telefone (28) 99969-2636 . O número 156, da Guarda Municipal, também pode ser acionado.

Controle de pragas e insetos também são realizados pelo setor

A Vigilância Ambiental também é responsável pelo controle de pragas e insetos em repartições públicas e, em casos específicos, em residências do município. Pulgas, carrapatos, ratos e vespas (marimbondos), por exemplo, que podem gerar riscos de saúde para a população, são exterminados com o uso de venenos específicos para cada um. Para acionar esse serviço, basta protocolar o pedido na sede da prefeitura, que fica na Vila.

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